Capítulo 09

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CARRO

Lee Malia. No relógio marcava 23:48 da noite e eu como sempre não conseguia dormir. Não em um local que não era totalmente seguro e se eu dormir, sempre são aqueles cochilos de leve que com qualquer barulho já me desperta. Eu e Natalie estavamos dormindo em um quarto do andar de cima, enquanto os meninos na sala abaixo pois caso algo aconteça, eles são mais fortes e práticos para nos defender — diz eles.

Ao virá na cama várias vezes não encontrando uma posição confortável para relaxar totalmente, minha garganta seca me implora por água então resolvo descer para cozinha cuidadosamente para não fazer barulho e também, tinha vários pedaços de móveis ao chão bagunçados e alguns cacos espalhados. Se machucar uma hora daquela não seria muito legal. Ao descer, passo pela sala silenciosamente para poder finalmente soltar toda minha respiração que estava segurando desde o momento em que sai do quarto onde se encontrava. Pego uma das muitas garrafinhas que tínhamos pegado no supermercado de dentro da geladeira e a fecho. Quando eu estava prestes a me virar, sinto uma mão em meu ombro me fazendo paralisar. Um arrepio percorre por todo meu corpo e um grito faz questão de querer se juntar ao ambiente silencioso, mas felizmente, sou impedida com uma outra mão que tampa minha boca rapidamente. O mesmo me vira, assim me deixando vê claramente de quem se tratava a figura.

— Baekhyun? O que faz aqui? Quer me matar de susto? — Reclamei após ele afastar sua mão da minha boca. Meu coração batia como um louco em meu peito.

— Desculpa, não queria te assustar assim. — Ele sorrir. O cômodo não estava muito claro, porém era possível vê-lo com a pouca claridade das velas acessas.

— O que faz acordado? -— Abro a garrafa e bebo o líquido.

— Não estou conseguindo dormir. E você? — Ele se encosta no balcão a frente e cruza os braços me olhando.

— Eu também não consigo dormir. — Fecho a garrafa e a coloco de lado.

— Além da Natálie, você não tem mais ninguém? — O encaro com sua pergunta repentina.

— Agora não. — Baekhyun assenti. — Vocês se conhecem a quanto tempo? — Me refiro a amizade entre ele e os garotos.

— Mais de seis anos, eu acho. Não sei ao certo. — Fico surpresa.

— Vocês se conhecem bem antes de pandemia. Inacreditável. — Ele sorrir. — Como vieram parar aqui? — Me refiro ao país.

— Viemos quando o vírus tomou de conta totalmente da Coreia, partimos nos aviões de emergência para cá. — Eu concordo em silêncio pensativa. — E você? Como veio parar aqui sozinha? Ou você não veio sozinha?

— O mesmo comigo. — Memórias do meu pai ficando para trás surgem na mente. Eu evito me aprofundar mais nelas. — Como vocês conseguiram embarcar antes dos zumbis tomar de conta do aeroporto? Pelo que me lembro, só existia um que estava disponível naquele tempo e era o de Seul.

— Quando os zumbis tomaram de conta, ninguém mais ligou se trava de mulheres, crianças e homens, todos apenas pensavam em sobreviver. Então eu e meu grupo aproveitamos para embarcar rapidamente, mesmo que alguns de nós não tenha conseguido. — Vejo uma pontada de tristeza em seu olhos.

— Ainda tinha mais de vocês?

— Éramos oito, tirando o Luhan. Tínhamos um amigo chamado Kim Jongdae. Ele ficou para trás naquela multidão e não conseguiu embarcar. — Baekhyun engole a seco com as suas lembranças. — Conhecemos o Luhan aqui nos Estados Unidos, junto a um outro homem chamado Lay. Que infelizmente, também foi mordido em uma das nossas missões de encontrar alimento.

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