Capítulo 24: Final

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O FIM É O COMEÇO

Lee Malia.

— Malia? Está pronta? — Lili entra no quarto, pegando sua mochila sobre a cama.

— Sempre. — Sorrio e ela retribui. — Onde está Maya? — Pergunto.

— Ela já está com o resto do grupo, nos esperando. — Concordo com a cabeça, pego minha mochila e a acompanho até a entrada da base onde todo o grupo se reunia.

Estávamos indo para o aeroporto militar da cidade vizinha, com destino ao Japão, onde a doença começou. O professor precisava de amostras para concluir sua pesquisa. Segundo ele, a cura estava próxima, faltavam apenas alguns detalhes. Como seus colegas cientistas não tinham experiência em lutar contra os mortos, eu e meus amigos vamos o acompanhar nessa jornada.

— Agora, estão todos aqui? — O professor nos observou atentamente.

Suho fez uma contagem rápida, olhando ao redor.

— Sim, estão todos aqui. — Ele confirmou.

— Pegaram os itens pessoais necessários? — Todos confirmamos. — Ótimo. Então, podemos partir. — O professor ajeitou os óculos e sorriu simpaticamente.

Durante o tempo que passamos juntos, enfrentei muitas situações e senti emoções novas, como amor, carinho e esperança. Sentimentos que já conhecia, mas que estavam se apagando com o passar do tempo. Infelizmente, perdi pessoas queridas, que ainda amo e sempre guardarei no meu coração. Mas também ganhei amizades em dobro, e não há nada melhor do que enfrentar momentos difíceis com amigos ao seu lado.

Natalie — Minha querida Natalie. Gostaria de agradecê-la por estar ao meu lado nos momentos em que mais precisei e por me fazer sorrir. Suas histórias de colegial e os namoros que não deram certo eram divertidas de ouvir. Amava conversar com você. Queria poder voltar no tempo e mudar tudo, talvez você estivesse aqui comigo e com seu namorado. Você me abandonou, não cumpriu sua promessa. Acha que te perdoei?

Luhan — Namorado da minha amiga. Você prometeu cuidar dela e cumpriu. Estou muito feliz por isso. Você é uma ótima pessoa e sempre vem conversar comigo. Muito obrigada pelo apoio quando a perdemos. Assim como eu te apoiei. Afinal, eu não era a única que a amava, não é mesmo?

Baekhyun — Meu namorado? Estou tão feliz por isso, você nem imagina. Mesmo com suas brincadeiras sem graça, ainda te amo. Nem sei como isso aconteceu. Me pergunto se um dia caí e bati a cabeça, mas tudo bem, existem coisas que não conseguimos explicar. Quero te agradecer por tudo, por me salvar e ajudar várias vezes. Sou muito grata por isso. Eu te amo.

Suho — Nosso líder paciente, preocupado com todos e sempre atento. Um conselheiro e ótimo ouvinte, quase um psicólogo. Obrigada por sempre me entender e compreender. Não vou mentir, sua presença nos traz segurança e confiança. Você é incrível, obrigada por cuidar de mim.

Minseok, Chanyeol, Sehun, Kyungsoo e Jongin — Um grupo de amigos com personalidades diferentes, mas que se encaixam perfeitamente. Todos calorosos, mesmo lidando com seus problemas internos, fazem de tudo para se manterem juntos e cooperar.

Ansel e Lili — Os irmãos que se enturmaram com todos e parecem amigos de longa data. Lili se tornou uma segunda irmã para mim, assim como Natalie era. Uma mulher animada e cheia de energia. Obrigada por ser meu grude, digo, minha amiga.

Maya — Nada a declarar.

— Quem sabe pilotar um jatinho? — O professor perguntou e todos nos entreolhamos. — Muito bem, Kai? — Nós o olhamos.

— Eu?

— Ele? — Sehun aponta para ele.

— Você pilota.

— Como? — Exclamamos surpresos.

— Isso é suicídio em grupo, não apoio. — Chanyeol comentou e Sehun concordou.

— Se você não calar a boca, vai ser um acidente intencional quando eu te jogar pela janela do jato. — Brincou em um tom de ameaça, dando um leve tapa no ombro de Chanyeol.

Jongin pegou as chaves com o professor e se virou para nós, balançando-as.

— Vamos? Estou louco para colocar essa nave no ar. — Ele sorriu e entrou no jatinho.

— Vocês não acham que o sorriso dele pareceu um pouco psicopata? — Sehun cochichou.

— Isso é realmente necessário? — Luhan perguntou, mas o professor apenas assentiu, rindo, e seguiu atrás de Jongin.

Todos fazem o mesmo, indo logo atrás.

Enquanto o avião decolava, uma mistura de ansiedade e esperança nos preenchia. Estávamos voando rumo ao desconhecido, mas também em direção à possibilidade de um futuro melhor. Cada um de nós trazia consigo cicatrizes do passado, mas também a determinação de lutar por um amanhã mais promissor. Porque no fim, o começo de uma nova jornada é sempre uma chance de reescrever novas histórias.

AGOSTO DE 2032

FIM

Among The Dead (Entre Os Mortos) Onde histórias criam vida. Descubra agora