Among The Dead (Entre Os Mortos)

Capítulo 20

LIVRE

Lee Malia. Natalie havia acordado, mas não como um humano vivo e sim, como um humano morto. Seus olhos estavam mais azul que o seu natural como se estivesse cega. Seu olhar se direciona a mim enquanto de sua boca saía um som que era normal entre os zumbis. Ela tenta me morder porém sou mais rápida e a mato.

— Desculpa... — Sussurro após enfiar a faca em sua cabeça.

Eu estava suja, precisava de um banho. Natalie já estava morta e meus olhos estavam tão vermelhos, sentia como se nem lágrimas mais tinha para descer depois de ter chorado tanto. A última vez que chorei assim foi quando perdi meus pais a meses atrás. Sentia vontade de vomitar, a que ponto eu cheguei para presencia uma cena dessas?

— Malia?  — Baekhyun chama por meu nome atrás de mim, me fazendo olha-lo.

— Ela está livre. — Sussurro.

A afasto a colocando ao chão por completo e me levanto.

— Vamos enterra-la. — Digo e me afasto sem deixá-los dizer qualquer coisa.

Meu coração estava quebrado, eu estava tão desanimada que por um momento pensei até em desistir já que nesse mundo, só existia a mim ainda viva como membro da minha família, porém, alguma coisa me impedia de fazer tal ato, eu não tinha forças.

Após terminar o enterro, Lili prepara água para eu me lavar.
Ao terminar, me troco e vou de encontro com todos tentado o máximo não demonstrar mais tristeza.

— Já está tudo pronto para irmos? — Forço um sorriso.

Todos sabem que eu não estou bem, mas resolvem fazer o mesmo que eu e agir normalmente, sem mencionar o ocorrido de mais cedo.

— Sim. Aqui. — Suho me entrega um sanduíche e uma garrafa de suco. — Precisamos ter energia para enfrentar os próximos dias. — Sorrir docemente.

Eu concordo e pego. Não estava com muita fome por conta do que eu vi, mas esforcei o máximo para engolir aquilo. Eles não precisavam de alguém doente em seu caminho. Eu não queria ser um peso. E então, partimos dali ao encontro de um novo lugar para nos proteger.

[ ... ]

— Droga, como vamos passar por todos esses carros? — Jongin que dirigia reclamou.

— Vamos ter que abandonar a van. — Chanyeol diz fazendo o motorista lançar um olhar mortal sobre ele.

A van é de todos eles, mas quem mais cuida dela é Kai.

— De jeito nenhum que vamos abandona-la. — Disse.

— Por causo você ira carrega-la na costas? — Chanyeol retrucou.

Ele fica calado sem saber o que dizer, o que o deixou mais irritado.

— Vamos lá Kai. Podemos encontrar uma van bem melhor que essa mais para frente. — Lili se aproxima do mesmo e coloca o braço ao redor de seu pescoço.

— Muito bem, vamos abandona a van? — Baekhyun perguntou.

— É o jeito. — Diz Suho. — Peguem suas coisas, só os necessários.

— Novamente vou ter que me livrar de mais coisas. — Luhan reclamava enquanto ia até o porta malas.

Ele também estava se esforçando a agir normalmente.

— Fiquem atentos. Podem ter muitos deles escondidos por aqui, especialmente em baixo dos carros e dentro. — Concordamos. — Vamos. — Suho nos lidera junto a Baekhyun.

Já fazia vários minutos em que estávamos andando, sorte a nossa não ter encontrado algum.

— Uou, são muitos carros. — Minseok comenta já cansado. Sua mochila pesava mais do que seu próprio peso. — Gente, calma. — Fala ofegante. — Não dá mais, estou exausto. Parece que não tem mais fim. — Se apoia em um carro.

— Vamos Minseok, só mais um pouco. — Paro ao seu lado. — Vem, pode se apoiar em mim. Eu também estou cansada. — Coloco meu braço ao redor do seu, o puxando para mais perto. Ele sorrir.

— Obrigado Malia. — Nós voltamos a andar juntos, um apoiando no outro.

— Esperem! — Baekhyun nos faz parar. — Escutem, não estamos sozinhos. — Nós olhamos ao redor ao ouvir um ruído.

— Ai meu Deus! — Lili leva a mão até a boca e arregala os olhos, olhando por atrás de mim e Minseok.

— Cuidado, atrás de vocês! —  Sehun grita e nós nos viramos rapidamente.

— Deus! — Digo, quando avistamos dois zumbis se aproximando.

— Não é Deus não, são os zumbis mesmo. — Minseok brinca mesmo nós dois estando em uma situação de perigo. Eu o belisco mas ainda sim, sorrio.

Quando eu estava prestes a atirar, dois barulhos de tiro ecoa pelo lugar nos assustando. Nós olhamos para trás para saber quem foi o atirador, mas nossos amigos pareciam mais surpresos que nós.

— Quem atirou? — Minseok pergunta.

— Não foi a Malia? Ela estava com a arma apontada.

— Não foi eu. — Nego.

— Então quem foi? — Kyungsoo faz a mesma pergunta que todos nós tínhamos em mente.

— Acho que mereço um agradecimento por salvar suas vidas. — Uma moça saí de detrás de um dos carros nos assustando. — Quanto tempo rapazes.

— Maya? — Minseok diz surpreso e a mulher pisca para o mesmo.

— Olá, Minseok!