Capitulo 7

1.6K 248 58
                                    

Minhas lindas muito obrigada pelos comentários e curtidas, estou amando saber a opinião de vocês.
Por favor relevem erros ou frases estranhas kkk estou viajando e não consegui corrigir muito bem. Espero que gostem desse capítulo e que comentem no final 😍...

Foram poucas as vezes que as coisas saíram do meu controle, e todas essas vezes eu sofri.
Na morte de minha avó eu não pude controlar sua doença, na partida de Preston eu não consegui tranca-lo dentro da minha casa, e agora, eu não tenho como trocar de malas com Hunter em um piscar de olhos.
Eu vou ter que ir atrás dele, e vou ter que ser forte o bastante para manter o controle da situação.
Como médica, manter o controle e estar no controle faz parte da nossa profissão.
Não gostamos de perder o controle, isso é um sinal de fraqueza, e isso me dá um medo danado, me remete aos momentos que sofri por não ter a merda do controle nas mãos.
Eu preciso sair desse avião, trocar a minha mala e voltar a ter o controle de tudo.
Guardo o meu bloco na minha bolsa, e planejo a situação.
— Está tudo bem, senhora ? —a aeromoça diz.
Eu concordo pensando ainda no que fazer, e então uma luz me tira dessa escuridão.
— Eu vi que o cara que estava do meu lado conhecia o piloto, você o conhece também?
A moça com feições delicadas que chega a irritar de tão bela, tomba seu rosto para o lado e olha para o acento onde ele estava sentado.
— O Hunter. — eu complemento.
Confusa ela concorda.
— Conheço, por quê?
Eu sorrio, mas minha vontade é de gritar.
— Porque ele pegou a minha mala e deixou a dele aqui.
Mostro a etiqueta e ela coloca as sua mão em sua boca, me mostrando a enrascada que eu me meti.
— Ele é o piloto da Delta, você terá que seguir até o balcão e pedir informações sobre ele. Eu espero que isso ajude.
Eu concordo e agradeço. Pego sua mala e minha bolsa e saio correndo pelo corredor de acesso, ainda correndo eu saio no saguão e lá vejo todos os guichês das companhias.
Sem pensar em mais nada, eu corro, porém justo nessa hora o meu celular começa a tocar na minha bolsa.
Ninguém além de Arizona saberia que eu estaria em terra uma hora dessas.
Então paro, desajeitada eu fuço na minha bolsa até que eu consigo pega-lo.
Quando tiro. Não é Arizona.
É Preston.
Não sei se seria bom falar com ele agora, mas se ele está me ligando com certeza deve ser algo sobre Lorenzo, o amigo de seu pai.
— Alô — digo ofegante, e logo em seguida escuto sua voz.
— Ava, está tudo bem?
Ao escutar sua voz doce e calma como sempre, uma avalanche de emoções percorre meu corpo.
E eu me descontrolo.
— Não — grito enquanto ando arrastando a mala.
— Não é uma boa hora Preston, o que você quer? E como sabia que eu poderia atender justo essa hora?
Eu procuro pelo letreiro da Delta, o encontro no final, bem o último.
Eu só posso estar sendo testada por Deus.
— Arizona, ela me disse e eu liguei para saber se você estava bem, porque vi na tv a nevasca que está se aproximando dessa região.
Eu paro e procuro por janelas.
Não está nevando coisa nenhuma aqui, ele está usando isso de pretexto.
— Não está nevando Preston, eu estou salva em Minneapolis, pode ficar tranquilo.
Continuo caminhando falta pouco para chegar.
Mas caramba que fila é essa no guichê.
— E por que disse que não estava bem?
— Porque você me ligou — grito — Se não tivesse me ligado estaria bem, porra.
Eu grito, sim eu gritei e falei um palavrão no meio do grito.
Eu vejo uma senhora passar por mim e me olhar com cara feia.
Eu não faço essa coisas.
Sussurro desculpas a ela.
— Depois desse palavrão eu sei que não está bem. Ava, qual é, eu quero te ajudar.
Me coloco atrás da última pessoa da fila e respondo a ele.
— Se quer me ajudar, se mantenha longe.
— Eu não vou, até que você me diga.
Revivo meus olhos, só pode ser um teste do papai noel, só pode.
— Trocaram minha mala e agora eu estou indo atrás de destroca-las, sem contar que eu tenho uma escala enorme aqui, e pra ajudar eu não tive um bom vizinho de voo, entendeu?
Ele começa a rir, isso me irrita mais.
— Ava, relaxe, como minha avó dizia tudo vai passar.
Eu não quero saber o que a vó dele dizia, eu quero minha mala.
Respiro tentando me manter no controle.
Isso, eu tenho o controle da situação.
— Tudo bem Preston, obrigada por ligar, agora eu vou trocar minha mala.
— Se você precisar de ajuda, me ligue eu vou aí te ajudar.
Escutando o que ele acabou de dizer agora, o meu coração se aquece e eu percebo que ele quer o meu bem, e que sairia de lá para vir me dar socorro. Isso é bom escutar.
— Obrigada — baixo minha guarda mais uma vez com ele, por se preocupar. —Mas estou no controle.
— Como sempre, não é Ava, se sair fora do controle me ligue.
Eu sinto sua voz triste, mas isso não muda nada, eu não quero agradar ele.
— Tenho que desligar.
Eu escuto ele falar alguma coisa e no final eu tenho a impressão que ele disse eu te amo, mas é tarde de mais eu desligo o telefone.
E espero para que eu seja a próxima a ser atendida.

Pouso ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora