Irritado, era a única palavra que definia como Midoriya Izuku se encontrava. Estrondos altos eram ouvidos de todos os locais do alojamento junto de xingamentos consecutivos, Deku estava verdadeiramente puto e parecia desejar que toda a vizinhança soubesse disso.
A figura que mais se assemelhava a um portal apareceu ao lado do pequeno lhe tocando o ombro de forma afetiva, o outro abriu um sorriso gentil virando-se para o mais velho.- desculpe Kurogiri, eu fiquei realmente nervoso. Não foi nada coerente, prometo me controlar.
- ótimo, saiba que pode contar comigo para dizer qualquer coisa, sim? - o mais velho respondeu, com sua típica expressão calma, acareciando as mexedeiras verdes. As orbes de cor igual ao cabelo, começaram a expelir pequenas gotículas de água. - o que houve desta vez..?
- ka-kacchan.. ele, ele achou novos amigos, ele vai me esquecer! Não vai me querer mais, Kuro.. todos vão me deixar.
- não diga isso, Katsuki Bakugou te ama, ele apenas não sabe reconhecer isso ainda. Esse seu amigo, tem uma personalidade complicada demais para entender a ele próprio.
O mais velho jogava palavras no ar na esperança de tocar o coração de Izuku, esse que teve sua face ilumida por um sorriso psicótico enquanto repetia algumas palavras sem nexo. Apesar de medonha, a visão deixou Kurogiri mais calmo, compreendo a forma do menino lidar com o abandono. Resolveu leva-lo para a base dos vilões aonde poderia se certificar de que Izuku iria dormir, apesar de ser um vilão o portal via Deku como um filho esforçando-se para preencher o espaço da figura paterna que nunca existiu.
Os dois chegaram pelo portal, dando de cara com um azulado de pele seca os encarando mortalmente.- O que esse peste egocêntrico está fazendo aqui? Achei que ele dormisse todos os dias na casa de sua querida e alcoólatra mamãezinha. - gritou o azulado irritado, completando em tom de provocação ao citar a mãe do menor.
- o que foi? Vai me dizer que Tomura-chan tem medo de dormir perto de uma criancinha como eu? Achas que vou te matar a noite? - retrucou usando seu melhor tom infantil e doce, apenas irritando-o mais.
- seria mais fácil eu te matar aqui e agora!- Shigaraki estava pronto para atacar o esverdeado ali mesmo, se não tivesse sido repreendido por Kurogiri irritado com os dois. Como se fosse mãe de ambos oa botou de castigo, obrigando-os a dormir no mesmo quarto e se desculpar um com o outro.
O dia amanheceu agitado na casa dos Bakugou, o filho estava agitado desde qautro da manhã rondando seu quarto enquanto soltava algumas explosões de suas mãos.
- Deku maldito, então você esteve mentindo para mim? Que nerd desgraçado! Você não vai me enganar de novo...você parecia tão triste quando me viu eu queria ter te abraçado, peço desculpas, a culpa foi minha, né?.. Não, isso tudo foi culpa do Deku, aquele inútil, ele deveria ir em bora, sumir da minha vida! Mas sem o sorriso do Deku minha vida não vai mais fazer sentido.. arrrgh no que eu estou pensando?
Katsuki já se encontrava vestido enquanto descia as escadas lentamente e a passos pesados, ele não sabia o que estava acontecendo consigo, só consegui pensar em seu amigo de infância e o quanto ele havia sofrido nas mãos dele e do mundo, e então vinha a imagem do sorriso do pequeno esmeraldino, e o coração do de olhos de safira se esquentava, nem mesmo ele acreditava mas diferentes reações que seu ex amigo de infância lhe causava.
- então o projeto de bomba está apaixonado? Me diga, quem é a "sortuda"? - disse Mitsuki Bakugou, dando enfase em "sortuda", enquanto alisava os cabelos rebeldes do filho.
- acho que é um homem, amor, um tal de Deku? Não era assim que você chamava aquele seu amiguinho.. Izuku Midoriya? - completou Masaru fitando sua esposa com um olhar cúmplice, o que só irritou o mais novo.
- verdade! Não me diga que você está amando o Deku? Eu iria adorar, aquele menino é um amorzinho, iria amar ser a sogra dele, imagine Masaru alguém para domar nossa fera! - implicou a loira enquanto brincava com a carranca do filho.
- eu? Apaixonado pelo cara mais inútil e nerd do mundo? Vocês só podem estar loucos! Olha o que a velhice está fazendo com você, velha. - o loiro falava sem nenhum pudor caminhando até a cozinha e pegando uma fatia de pão com geléia, já carinhosamente preparada por seu progenitor - estou indo em bora! Não quero me contaminar com sua loucura!
Bakugou saiu de casa sem dar chance de seus pais lhe responderem, um pouco a frente foi capaz de ver uma cabeleira esverdeada, era seu amigo de infância que estava saindo, mas algo estava diferente no olhar do menor, não tinha todo aquele brilho e seu corpo não emanava alegria ou conforto, era uma áurea triste e hostil. O mais velho não sabia como, nem porque, mas encontrava-se ao lado de Izuku o encarando, assim que fora percebido pelo esverdeado o mesmo tratou de esconder todos os seus sentimentos negativos e abrir um sorriso gentil e cativamente, e que belo sorriso ele tinha, como um cavaleiro dando o golpe final, o pequeno ainda tinha suas bochechas rubras ao soltar um tímido cumprimento.
- bo-bom dia Kacchan..
Aquilo derreteu o coração do maior, fazia pelo menos uma semana que Midoriya estava o ignorando e agora ouvi-lo falar e sorrir só para si foi como o paraíso conquistado. Apesar de desejar abraçar o menor e agradecer pelo simples gesto, seu orgulho falou mais alto, permitindo com que o loiro apenas resmunge algo.
- está tudo bem, Kacchan? - insistiu o menor usando o apelido que carinhosamente havia dado a seu ex amigo, sabia os efeitos que aquilo causava no outro, aproximando-se de forma desajeitada com um semblante preucupado. Ao invés de respostas Izuku recebeu um afago em suas mexedeiras, fazendo-o abrir um sorriso ainda maior. Se Tomura visse a cena iria ficar pasmo com a "atuação" do esverdeado não percebendo que aquela reação era banhada em verdadeiros sentimentos, os dias estavam conturbados e terríveis, a quanto tempo o menor não desejava um carinho vindo do loiro, aquilo era um sonho.
Mas como nada que é bom dura o afago logo fora cortado por Kacchan, empurrando Izuku e seguindo seu caminho, sem perceber que deixou um "me desculpe" escapar de seus lábios.
Chegando na escola o mais baixo foi recebido por seus novos "amigos" já iniciando uma longa e envolvente conversa com os dois, enquanto o garoto explosivo apenas seguia sozinho observando sua paixão caminhar soltando inúmeras risadas, até sumir de sua vista.
As aulas foram chatas, não havia nada sendo ensinado que Izuku já não sabia, durante os anos com all for one e a liga dos vilões o pequeno aprendeu de tudo freneticamente, afinal para ser bem sucedido é importante entender de tudo. Depois do intervalo haveria uma aula prática, o pequeno as amava, aonde eles iriam se dividir em duplas de heróis e vilões e lutar. O de olhos esmeralda estava verdadeiramente animado, não conseguia parar de falar em como seria a aula e imaginar as diferentes combinações de poderes, ele agia como uma criança animada que acabara de receber seu brinquedo favorito, sua fofura arrancava suspiros de várias garotas, e alguns garotos, da sala 1-A, principalmente de uma morena e um loirinho que o fitavam atentamente.
Por ironia do destino, o esverdeado ficou no time dos heróis junto de Uraraka Ochako, sua amiga, lutando contra Katsuki e Lida, o objetivo dos heróis era pegar a bomba enquanto os vilões tinham que defende-la a todo custo, essa era a chance de Izuku de mostrar que tinha ficado mais forte, que Kacchan nunca conseguiria o alcançar. O teste se passou normalmente, Katsuki, cego pelos ciúmes da aproximação da morena com o seu verdinho, nem percebeu o plano bem arquitetado da dupla designada como heróis, logo perdendo. Os dois comemoraram sob um singelo elogio de Aizawa e vários de seus amigos mais íntimos. Enquanto Katsuki apenas queria chutar alguma coisa, ou alguém, tais ações foram percebidas por um ruivo que tratou de se aproximar do amigo e tentar, de todas as formas, lhe acalmar.- o Kacchan foi realmente muito bem.. - apareceu uma figura de feições tímidas, porém calmas, e sardas por todo o corpo esse que envolveu o mais alto em um abraço caloroso, esse que logo foi retribuído, o menor pode sentir o queixo do amigo se apoiar contra sua chamativa cabeleira.
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Corpos [ villaindeku ]
Fanfic- não chore assim pequeno, por que não joga todo esse sofrimento ao mar? Ele me disse com sua voz rouca tipicamente cansada, mas eu notava algo diferente, o azulado tocou meu ombro com cuidado, tentando inutilmente não desintegrar parte de minha ro...