capítulo 5

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--- não é meu costume colocar um recado no início, mas eu queria dizer que estou muito feliz com as pessoas lendo e comentado, me deixa muito animada saber que vocês gostam de algo que eu criei. Peço desculpa pela demora dos capítulos, eu mal comecei e já tenho bloqueio criativo, rs.
(Preparei um capítulo especial com Shigadeku, rs.)

POV Shigaraki

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POV Shigaraki

Acordei com uma dor de cabeça infernal e o pescoço dolorido, mas isso não me surpreendia, eu acordava assim toda manhã cheio de dores e consumido por uma raiva que nem eu acreditava existir dentro de mim. Aos poucos fui abrindo os olhos e sentando lentamente na borda da cama, com meus sentidos um pouco menos atordoados consegui ver uma pequena criatura deitada proxima a mim, seus cabelos verdes e brilhantes faziam um belo contraste com as cores cinzas de meu quarto. Com uma delicadeza, que não me pertencia, levei a mão esquerda aos cabelos do garoto certificando-se de não toca-lo com o quinto dedo. Apesar de ser uma individualidade forte e que combinava perfeitamente com minha personalidade destrutiva e inteligentes objetivos as vezes ela me magoava profundamente, afinal ela não me permetia tocar em nada de verdade, se eu me desse ao luxo de tocar Midoriya com meus cinco dedos iria machuca-lo, apesar de que a idéia de que ele possa ser um masoquista me deixe animado.

- pensando merda logo de manhã? - disse uma voz um tanto fina e sonolenta que eu logo reconheci, apesar da clara intenção de me irritar não havia ironia em sua voz, aquele cabeça de vento egoísta ainda deve estar sonolento.

- realmente, uma merda das grandes, daquelas que nós da vontade de sufocar e ver agonizar até morrer - respondi ríspido e com um olhar um tanto raivoso direcionado ao pequeno. Ainda acareciando-o os cabelos, completei - estava pensando em você.

- então você estava divagando sobre o anjo que eu sou em sua vida e como não vive sem mim. - aquele brócolis murmurou percebendo minhas mãos carinhosamente fazendo-o carinho, era interessante como aquele pequeno ato fazia-o ficar tão nervoso a ponto de ter as bochechas totalmente vermelhas. Aquela visão me fez rir.

- você tenta passar de maldoso mas fica constrangido por qualquer coisa, me faz sentir pena de você, falso vilão. - ok, eu posso ter exagerado nos xingamentos mas ele não pareceu se importar, ao invés disso mostrou um de seus raros sorrisos, daqueles que os estúpidos heróis ou nossos subordinados nunca veriam.

- você finge tanto quanto eu, a diferença entre nós é que a minha atuação é milhares de vezes melhor do que a sua. - Deku me respondeu prontamente, aquela peste realmente tinha todas as respostas na ponta da língua, acredito que se ele quisesse acabava com o idiota do All Might apenas abatendo-o com palavras.

Percebendo que meus pensamentos estavam em outro lugar aquele pequeno demônio encarou-me, ele estava puto demais, afinal eu tinha o obrigado a dormir na base da liga mesmo sabendo que ele teria que ir correndo para a escola e por isso o acordei cedo. Apesar de parecer um anjo ele podia ficar extremamente puto quando o acordavam antes do horário cotidiano. Voltei a divagar até sentir uma dor fraca no estomago, eu tinha levado um soco dele, bufei fingindo uma falsa irritação enquanto lança-lhe um olhar de indiferença. Não sustentei minha raiva por muito tempo pois logo fui puxado por um beijo lascivo e lento, os lábios daquele anão possuíam um gosto doce com um toque amargo, como vodka de limão que algum imbecil resolveu encher de açúcar, a idéia não parecia muito apetitosa mas depois de prova-los eu não conseguia mais esquecer ou ficar durante muito tempo sem tocar-los, tudo naquela criança era um vício que eu não quero me desfazer, não havia remédio que cura-se meu corpo clamando pelo o dele. Seus sabores exóticos eram perfeitamente harmônicos. Tão viciantes que acobertaram todos os meus sentidos, quando abri os olhos novamente o esverdeado estava sobre meu colo e eu segurava sua cintura com uma força bruta, minhas mãos tocavam sua pele e eu sentia um líquido quente passando por elas, oh não! Eu não podia acreditar, minhas mãos estavam tocando sua pele brutalmente machucada e quase toda desintregada, afastei minhas mãos rapidamente quase deixando o pequeno cair, isso se ele não tivesse se segurado com força.

Aos poucos levantei o olhar temendo a possível cara de dor ou desprezo que ele poderia me lançar, mas ao ver seu rosto angelical me deparei com um olhar gentil que tratou de rapidamente me abraçar e acareciar meus cabelos azulados, naquele instante me senti acolhido.

- Shi-chan, pode ficar calmo, você não me machucou, eu estou bem, consegue ver? Meu corpo está bem, eu posso me regenerar. - aquele sádico e egoista que eu sempre via do lado de fora desse quarto, parecia ter sumido, aquela criança maldosa foi substituída pelo verdadeiro Midoriya, gentil e cuidadoso.

- apesar de você ser insuportável, não posso deixar com que fique machucado - eu disse rindo enquanto tentei levar minhas mãos ao pescoço, no péssimo hábito de coçar aquela região. Mas ao invés do que eu esperava pequenas mãos seguraram as minhas e as levaram até as bochechas sardentas, sua pele estava ficando cada vez mais machucada mas ele permanecia ali com um sorriso e seus belos olhos esmeralda brilhando.

- vê? Eu estou bem. - ele dizia enquanto usava um poder de regeneração que havia tomado, o efeito era realmente rápido mas não o suficiente para competir com a temível quirk de Tomura.

- é realmente um masoquista, se quisesse sentir dor poderia ter me pedido para lhe dar uma surra- disse divertido ouvindo uma risada gostosa proxima a mim.

- não pense que pode me machucar, Tomura, estamos em níveis completamente diferentes e sua infantilidade e falta de senso para lidar com certas coisas com certeza me dão uma vantagem.

Dito isso o verdinho, já de uniforme abriu um daqueles grandes portais e ameaçou passar por ele ( eu não queria )mas fiz uma uma cara tão tristonha, como resposta recebi um rosto de feições divertidas e um beijo, finalmente eu havia recebido novamente a minha droga, meu calmante. Agarrei sua cintura como um pedido silencioso para que ele não fosse naquele momento, mas ambos sabíamos que ele tinha de continuar com o plano e isso requeria ir a escola, o que significava que eu não podia tê-lo as manhãs.
Passado algum tempo o vi sair com um sorriso contido nos lábios, e antes de sumir naquele breu escuro que te levava para aonde você desejasse, você me disse algo, algo que eu não fui capaz de ouvir. E então despediu-se rindo.
Ah meu pequeno Coelho, é por isso que eu te amo, você era tão inofensivo até ser brutalmente quebrado por aqueles cruéis heróis, nós dois fomos quebrados, pagamos por pecados que nunca conhecemos, somos tão iguais que você me acalma, aprendemos a sobreviver, juntos, mas mesmo sendo um quebra-cabeça com várias peças faltando, você ainda sorri e sabe exatamente o que dizer e o que fazer.

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Entãoooo, o que acharam de ShigaDeku? É um shipp que eu realmente gosto, principalmente puxado para essa loucura. Espero que vocês gostem tanto quanto eu dessa introdução dos shipps.

Corpos [ villaindeku ]Onde histórias criam vida. Descubra agora