Boa tarde lindezas.... peguem a pipoca que eu já trouxe mais um capitulinho pra vcs. Votem e comentem bastante. bjoooo
Minha mãe passou um chá de boldo e ficou escorada na porta da geladeira me olhando com aquele ar de reprovação que ela normalmente me dava quando eu matava as aulas de Artes Plásticas para ficar namorando com Gabriel.
— Não me olha com essa cara. — Digo com a voz quase em um sussurro mal-humorado.
Minha garganta doeu quando eu engoli o chá amargo com gosto horrível. Fiz uma careta e ela ralhou.
— Bebeu todas ontem hein Maria Eduarda?
Tentei engoli o chá, mas minha goela ardeu e a sensação de vomito entalado ainda estava atravessada na garganta.
Minha mãe começou a desenrolar um longo novelo de lamentações dizendo que não queria me perder para o álcool como ela havia perdido meu pai. Porém meus pensamentos estavam no final da noite de ontem, eu lembro de ter ido no banheiro com a Yasmin, sentado no vaso para fazer xixi e sei lá... não lembrava de mais nada. Eu tinha vomitado? Gabriel tinha me carregado na frente de todo mundo?
— Cadê o Gabi. — Eu a interrompo e ela se irrita mais quando percebe que não estava prestando atenção em uma palavra do que ela dizia.
— Lavando o banheiro. Sabia que quando eu cheguei aqui hoje cedo pra deixar as crianças você estava atirada no sofá virada de lado, o cabelo desgrenhado molhado, fedendo a vômito, álcool e a sabonete? — Minha mãe cruza os braços na frente do corpo. — E o Gabriel estava dormindo sentado no tapete, coitado, ter que ver a mulher assim desse jeito.
— Ai mãe. Para. Não exagera.
— Exagerar? Eu vou é colocar o nome de vocês mais do que uma vez por semana pra pedir intenção de oração. Imagina se vocês batem o carro e morrem? Ou pior, ficam aleijados pro resto da vida, dependendo de uma cadeira de rodas para tudo.
— Para mãããe! — Coloco as mãos nas têmporas tentando suavizar a dor de cabeça. Me levanto e saio da cozinha antes que a gente brigue.
Do jeito que ela fala eu passo meus finais de semanas em festas bebendo até cair pelas tabelas. Ela tem medo que eu acabe virando alcoólatra como meu pai, por isso todo o sermão, mas eu não era assim, em anos nós não saímos. Até pouco as crianças mamavam e dormiam na mesma cama que a gente, dengosos a ponto de não conseguir passar uma noite longe de nós. Eu já nem me lembrava como era sair com Gabriel sem ter que ficar ouvindo Galinha Pintadinha todo o trajeto, ou apenas ficarmos nos beijando e nos curtindo sem que o momento fosse interrompido por uma discussão boba que em todas as vezes necessitava da mediação de Gabriel, ou uma punição mais severa, a cadeira do castigo.
Caminho um pouco curvada em direção ao banheiro, o cheiro de água sanitária e pinho sol já se espalham pela nossa pequena casa.
Gabriel para de esfregar a vassoura ensaboada pelo chão e seca o suor da testa com uma camiseta surrada que ele pendurara na bermuda.
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VIP : Liberdade Que Vicia (Degustação)
Romance(CONTEÚDO ADULTO) +18 ! #Atenção - contém cenas de sexo e linguagem de cunho adulto# A vida de casada e com duas crianças pequenas pode ser bem monótona as vezes, eu sei que você concordará comigo que a rotina e a mesmice podem matar um casamento, m...