hELLOOOOOO Malévolas ! Abaixa que lá vem tiro!
Gabriel
Não trocamos uma palavra no trajeto de vinda para casa. As crianças estavam com o rosto inchado por terem chorado no final da aula. Eu estava furioso e Maria Eduarda simplesmente se fechara, justiçando que não iria discutir nada naquele momento.
— Você saiu tão apressada que deixou a porta aberta de novo! – Rosnei irritado ao perceber que a porta estava entreaberta.
Maria Eduarda era campeã em desatenção. É tão desligada em tudo, que se recusa a usar bolsa porque sabe que vai acabar esquecendo em algum lugar. Já perdeu tantas vezes a chave que decidiu colocá-la em um vaso de flores em frente a porta da frente. Ela andava apenas com um cartão de crédito e o RG dentro da capinha do celular.
— Eu saí na pressa. Eu já pedi desculpas. — Maria Eduarda me responde com rispidez e o fato dela só estar pedindo desculpas da boca para fora me deixa ainda mais irritado.
— Não é questão de desculpa Duda, são prioridades. — Eu a repreendo mas tento me conter porque assim como ela não quero brigar com ela na frente de nossos filhos.
Sou o primeiro a entrar e largo o terno no suporte atrás da porta. Luan e Luana entram logo depois, eles a puxam pela mão e começam a falar ao mesmo tempo.
— A gente tá com fome. – Luan se abraça as pernas dela a impedindo de caminhar.
— É Mãe, me dá um Nescau. – Luana também a puxa para o lado contrário.
Olhando para os dois, Duda força um sorriso tentando disfarçar a frustração e responde com paciência.
— Tudo bem, mas vão no banheiro lavar as mãos primeiro.
Desabotoo os primeiros botões de minha camisa.
— Fala comigo.
Ela vai para o quarto sem dizer nada e eu a sigo. Fecho a porta e tranco com a chave.
— Isso não pode acontecer de novo, amor.
Ela senta na beirada da cama e não fala nada.
Eu sento ao seu lado.
— Diz que isso não vai acontecer de novo. – Exijo. – Você sabe como é importante estabelecermos uma rotina para eles.
O grito estridente e agudo vem do banheiro. Segundos depois, batidas frenéticas e desesperadas a porta interrompem nossa conversa.
- A loira do banheiro! A loira do banheiro! – Os ouço gritarem em pânico – Pai! Mãe! A loira do banheiro!
Destranco a porta irritado por não conseguir conversar com Maria Eduarda.
Luan e Luana me seguram cada um por uma mão e me puxam aterrorizados.
— Ela está lá. Eu vi. Eu vi. — Luan me alerta aflito enquanto a irmã chora sem parar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
VIP : Liberdade Que Vicia (Degustação)
Romance(CONTEÚDO ADULTO) +18 ! #Atenção - contém cenas de sexo e linguagem de cunho adulto# A vida de casada e com duas crianças pequenas pode ser bem monótona as vezes, eu sei que você concordará comigo que a rotina e a mesmice podem matar um casamento, m...