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    — Você não sabe o quão esperei por isso… — Ele pega na minha mão com um toque gentil e olhar dócil, o que me faz derreter. — Você é a mulher da minha vida, Lilly.

   — Finalmente és meu, Shawn. Eu te amo — toco o seu rosto. — Esperei a vida inteira. — Meia verdade.

   — Quero cantar uma música para você. — do nada surge um violão. — E depois quero pedir a sua mão. — Ele dá aquela jogada de cabelo pro lado, era lindo de todas as formas.

  — Só a mão? — Meu raciocínio lento ataca novamente. Shawn esbanja um largo sorriso e ignora. Começou a dedilhar no violão, analisando atentamente as cordas e encaixando nos acordes.

  — PRINNN PRINNNN PRUNMMMM — O som invade minha cabeça ficando cada vez mais alto. Era o despertador, claro que era um sonho ser pedida em casamento pelo o Shawn Mendes.

  Acordo querendo cortar aquele despertador insuportável em pedacinhos, nem deu tempo de beijá-lo. Olho a hora e pulo da cama, droga.

Atrasada, mas podia recuperar. Não podia atrasar no primeiro dia numa escola nova, ganhei uma bolsa, não posso perder essa oportunidade por nada.

   — Sem bebidas, sem drogas e muito menos garotos, eles são piores que drogas. — Papai diz pela milésima vez, ele acha que tenho transtorno de desespero.

   — Pode deixar chefe! — Sinalizo e depois o abraço.

   — Sua mãe teria muito orgulho de você. — Diz me soltando e dando um tapinha de leve no meu ombro. Eu sorrio, apesar de não  me lembrar muito de minha mãe, o que havia em mim, são as memórias mais lindas.

   Me apresso e corro até chegar a tempo, não posso perder, não mesmo. Tento aumentar os passos e na hora que tento atravessar uma das avenidas perto da escola, um carro vem e por sorte não passa por cima de mim, mas a pessoa dentro ele buzinava e gritava freneticamente.

    — Saiu do hospício, garota? Vê por onde anda! — Não solto os ouvidos, apenas continuo correndo até ter a visão do meu destino. Não, não era o Shawn Mendes dessa vez.

A escola era cercada por árvores de todos os tipos, que estavam perfeitamente alinhadas. Era um espaço enorme e bem desenvolvido, o que não era tão surpreendente, já que era a escola mais antiga da cidade, e um dos principais pontos turísticos daqui. Se tiver uma cantina, aí sim posso considerar um para mim.

    Já tinha passado da hora de subir aquela escadaria e começar mais outra sofrida jornada na minha carreira de estudante. Subo-as e adentro a escola, e os corredores ainda estavam cheios apesar da hora um pouco avançada, era exatamente como eu imaginava, tinham pessoas de todo o tipo, aquele grupinho da fofoca que se localizava no meio do corredor, outro dos estudiosos, um que eram os garotos do time, e outros que ficavam de paquera, o que pareceu muito clichê em meu ver. E tinha eu, uma novata perdida e encarregada de meio mundo de livros nos braços, tantos que mal cabiam na bolsa.

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