Trazer Diana de volta a vida me desgastou bastante, toda a minha energia parece ter sido sugada para a garota de volta. Curioso, pois o mesmo aconteceu com Luke.
Embora Annabel tenha alterado as memórias de Diana com um feitiço, na volta para casa, eu só conseguia pensar em dá um basta na minha vida. A verdade é que nunca poderei viver em paz e feliz, por mais que eu tente, o destino parece ter outros planos para mim. Esse fado que carrego dentro de mim não permite que eu fique perto das pessoas, que gosto, sem coloca-las em risco.
Portanto, tomei a decisão de partir. As criaturas que estão atrás de mim são um perigo para as pessoas que gosto, entretanto o maior perigo sou eu.
— ... Eu estou enlouquecendo, perdendo o controle — continuei com meu monólogo. Elis e Vincent estavam calados, apenas ouvindo. Todos na sala estava assim. — Eu vou embora daqui.
— O quê? — a expressão de Elis mudou.
— Não estou seguro aqui com vocês. — Deixei a caneca vermelha em cima da mesinha de vidro, levantando-me. Elis e Vincent também se levantaram. — Eu vou para algum lugar bem longe de todos vocês. Se o Bal-bal hipnotizou a Diana, pode fazer o mesmo com vocês.
— Não! — Vincent se manifestou, claramente sem paciência. — Nós somos responsáveis por você e dessa casa você só sai com nós dois.
— Está decidido, Vincent — respondi, encarando o agente que fingia ser meu pai. — E você não é o meu pai pra falar assim comigo!
— Não fala assim com ele, Sebastian! — Elis me repreendeu. — Ele só quer proteger você, assim como eu também e todos que estão aqui dentro. — Ela apontou para Matthew, Annabel e Hank que somente observavam sem interferir em nada.
— Vão todos se foder! — gritei em alto e bom som, saindo da sala.
Então Matthew foi para o meu quarto, avisando que ia comigo e deixou bem claro que não iria deixar eu ir, senão fosse junto. Elis e Vincent continuaram a não concordar com a ideia de partimos, a mulher até perguntou porque eu confiava em Matthew mais do que neles que passaram os dois últimos anos cuidando de mim. Não respondi.
— Eu não faço ideia para onde vamos, mas você vai dá o endereço para a Annabel e uma forma dela manter contato conosco caso precisem da gente — sussurrei para Matthew, quando ficamos a sós no corredor.
— E o lance de ninguém saber onde você está? — ele questionou.
— Eu confio nela.
• • •
— Você sabe caçar, Sebastian? — pergunta Matthew, sentado no sofá, limpando a espingarda.
Estou deitado no outro sofá, focado na televisão, quando viro o rosto para olha-lo.
— Você quer me ensinar a caçar demônios e bruxas? — indago com ironia.
Ele sorri.
O sorriso dele é a coisa mais linda do mundo, mas eu sou suspeito a falar disso. Resistir a Matthew Treadaway é a parte mais difícil de está com ele — e olha que é apenas o segundo dia.
— Quis dizer caçar na floresta — corrige.
— Sou contra isso — respondo. — Não sei qual é a graça caçar animais por esporte ou para fins exibicionistas como roupas ou suas cabeças presas em uma parede.
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Renascimento
Paranormal[Segundo livro da trilogia As Crônicas de Sebastian Pear] [CONCLUÍDO] +16. Sebastian Pear conseguiu o que sempre quis: ter uma vida igual aos personagens dos dramas adolescentes de Hollywood. Com um namorado perfeito, amigos populares e amado por t...