CAPÍTULO 14

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LUAN: Bom dia, mãe- Falo sorrindo e beijo a cabeça dela-
MARIZETE: Bom dia, meu filho. Caiu da cama foi?- Ela pergunta se sentando à mesa-
LUAN: Não, preciso resolver algumas coisas- Falo me sentando também-
MARIZETE: Hm, e eu posso saber que coisas são essas? Tenho te achado um pouco diferente
LUAN: Coisas do projeto, mãe
MARIZETE: E seu projeto, como está? Você nunca mais nem comentou à respeito
LUAN: Está bem, mãe
MARIZETE: E por que você anda tão estranho?
LUAN: Muito trabalho, mãe- Não tenta mentir, ela te conhece melhor do que você mesmo-
MARIZETE: Logo pra mim, Luan?- Ela olha no fundo do meu olho-
LUAN: Promete não ficar brava?- Sim, eu ainda tenho medo da minha mãe como se eu fosse um garoto de 8 anos-
MARIZETE: Lá vem- Ela coloca a xícara no pratinho e me olha- Pode falar
LUAN: Eu meio que me envolvi com uma garota da clínica, mãe. Na verdade, assim, nós apenas nos beijamos. Mas a senhora sabe como eu sou, valorizo as pequenas coisas
MARIZETE: E por que eu ficaria brava?
LUAN: É aí que mora o problema, não é uma funcionária da clínica, mãe. É uma paciente.- Assim que eu falo, eu me arrependo na mesma hora. Sei o quanto isso é doloroso para ela, o quanto ainda machuca toda essa história de drogas, clínicas e dependentes químicos. Os olhos dela enchem de lágrimas no mesmo instante, fico sem reação-
MARIZETE: Não faz isso com a sua vida, meu filho- Ela fala chorando- Você sabe bem o que eu passei, dói demais ver quem você ama se entregar para um vício Luan, eu não quero que você sofra o mesmo que eu sofri- Meus olhos marejam também, não tem ninguém nesse mundo que eu ame mais do que minha mãe e ver a nesse estado é doloroso demais-

PONTO FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora