CAPÍTULO 15

545 22 0
                                    

- Vou para o outro lado da mesa é ajoelho na frente dela para dar um abraço nela-
LUAN: Sei o quanto a senhora sofreu, minha mãe. Sei das noites mal dormidas, dos dias sem aparecer e até de uma surra que ele tentou lhe dar- Falo com a voz falha e solto ela- Eu mal conheço a moça, mas ela me deixou pensando nela a semana inteira, eu não sei no que isso pode se transformar, mas eu também não quero que isso seja um "dedo na ferida" para senhora e se for necessário, eu me afasto dela numa boa
MARIZETE: Quantas vezes vocês ficaram?
LUAN:Uma, apenas
MARIZETE: Você me entenderia se eu te pedisse para parar com isso?
LUAN: Sim, mãe- Engulo um seco, claro que eu não entenderia-
MARIZETE: Eu nunca, em hipótese alguma te pediria isso se fosse uma moça qualquer, mas como você mesmo disse, é uma ferida pra mim, Luan. Uma ferida que dói, e dói muito. Eu vi seu pai se transformar em outra pessoa do dia para noite, eu perdi minha filha por conta dele- Ela fala chorando- Me perdoa meu filho, me perdoa mesmo! Mas eu não acredito que eu seja capaz de aceitar um relacionamento como esse...
LUAN: Tudo bem, mãe- Abraço ela novamente chorando- Não vou me envolver- Beijo a testa dela- Mas agora eu preciso ir, tudo bem?- Ela concorda com a cabeça- Eu te amo, se cuida.
- Falo me levantando, pego minhas coisas e saio. Como a clínica é um pouco longe, da tempo de sobra para refletir e chorar sobre tudo que minha mãe me disse. Sei bem que não tenho culpa alguma de meu pai ter caído nesse vício, mas isso machuca tanto minha mãe ainda que eu nem sei como lidar com tudo isso.-

PONTO FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora