CAPÍTULO 96

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CÍNTIA: Os casos de mães, são casos isolados- Ela me interrompe-
MAURÍCIO: Isso eu tenho que concordar com a Cíntia, o seu discurso é lindo. Mas eu tenho que tratar a clínica como um todo. O que vale pra uma, vale para outra também
LUAN: Eu entendo perfeitamente, senhor. Mas para uma mãe, o filho não é visto como "Mais um", mas sim como um! Exclusivo! Único! Cada uma delas carrega uma necessidade diferente, não podemos tratá-las como uma única pessoa
CÍNTIA: Você só fala isso por conta da sua namorada
MAURÍCIO: Namorada?- Ele franze o cenho me encarando-
LUAN: Sim, a minha namorada é uma das pacientes... E por isso  posso afirmar com toda certeza que esse final de semana fez muito bem pra ela e para nossa filha.
MAURÍCIO: Isso não é da minha conta, mas vamos continuar... Diante dos argumentos de ambos, eu acredito que elas terem recaídas é inevitável. Acho que poderíamos pensar nelas, como casos à parte. Se 5 tiveram recaídas, as 5 não terão esse benefício da próxima vez! Vai servir como um "castigo" quem cair em recaída, não participa da próxima
LUAN: Então isso vai continuar?- Ele confirma com a cabeça e eu sorrio vitorioso. Encaro Cíntia e noto o olhar de ódio dela-
MAURÍCIO: A única coisa que eu vos peço é que se atentem à aquelas que caem em recaída por muitas vezes seguidas e encaminhem para uma nova avaliação psiquiátrica, talvez a pessoa tenha que começar o tratamento do início
LUAN: Sim, pode deixar- Falo empolgado-
MAURÍCIO: Bom- Ele encara o relógio- Agora eu preciso ir- Ele se levanta- Tenham uma ótima tarde, senhores- Ele sorri, nos comprimenta e saí-
LUAN: Não foi dessa vez, né?- Pergunto com um sorriso debochado nos lábios-
CÍNTIA: Não, mas na próxima talvez seja- Ela se levanta- Pode de retirar
LUAN: Com gosto- me levanto e saio-

PONTO FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora