CAPÍTULO 02

964 29 0
                                    

Mesmo sabendo de tudo o que ela tem feito nesses últimos dois anos com a vida dela, eu sempre aconselhei numa boa, e ela sempre me falando que nunca se deixaria levar, ela deixou! Eu já não reconheço essa Isadora, eu já não sei mais onde está a minha filha... Ela desmaia e o desespero toma conta de mim, começa à se debater no chão da sala e eu só sei gritar por ajuda. Logo os empregados vem e enquanto alguns me ajudam a socorrer outros ligam para ambulância.
Vou para o hospital sozinho com ela, pois Helena optou por ficar com a Alícia em casa. Vou pedindo perdão para ela à todo instante, mesmo que ela esteja desacordada. Eu nunca vou me perdoar se acontecer algo com a minha menina, nunca! As lágrimas molham o meu rosto, são lágrimas de dor, de angústia, de medo, de decepção. Eu jurei para Rosana que eu protegeria a Isadora de todo mal, eu não consegui! Eu não dei conta, eu sou o causador disso tudo... Logo que chegamos no hospital, entram com ela para emergência e eu fico do lado de fora pata fazer a ficha com uma socorrista que me pergunta tudo sobre a Isa. Conto sobre o uso de drogas e sobre as bebedeiras desregradas, mas também conto sobre o tapa que eu dei, tenho que ser transparente.-
SOCORRISTA: Diante desse histórico de uma vida desregrada, a última coisa que poderia ter causado o problema foi o seu tapa, senhor. É óbvio, que não foi certo, mas eu tenho certeza que o senhor tem vivido poucas e boas na mão de sua filha- Ela me encara séria, mas com um olhar amistoso- Se tranquilize, nós vamos cuidar dela- Ela sai com uma prancheta nas mãos e eu fico ali na sala de espera, sozinho e angustiado

PONTO FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora