Fifty-Third

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Esther POV

Eu estava em casa terminando de editar os vídeos que a Lily fez e poxa a Irlanda é linda, um dos lugres que eu sempre quis conhecer

Marcia: Sempre quis viajar pra Irlanda né?- minha mãe diz entrando na sala

Esther: Quero e ainda vou, está nos meus planos de vida- eu digo digitando no computador

Marcia: Se estivesse com eles, já teria visitado- ela diz varrendo debaixo da minha perna

Esther: Ah não mãe, não começa de novo- desde que eu voltei à minha mãe fica dizendo o que eu estou perdendo a oportunidade de conhecer partes do mundo, e eu sei que é verdade mas estou tentando adiar o momento de ter que voltar pra tour e pro pessoal

Marcia: Filha eu tenho que te dizer isso até quando? Você tem que aproveitar Esther! Não é toda vez que a vida da uma oportunidade dessas pra gente e quando da, você da pra trás

Esther: Mas mãe eles devem me odiar depois do que eu fiz, nem eu me perdoei- eu digo colocando meu computador de lado

Marcia: Meu amor, você não pode ficar pensando e se culpando pra sempre, é muito mais difícil se perdoar do que perdoar alguém, se você não voltar, não vai saber se te perdoam ou não- eu ainda não queria ir mas ela tem razão, não posso fugir deles pra sempre

Esther: Eles devem estar pensando o pior de mim- eu digo me levantando

Marcia: Não estão pensando e se pensarem, é hora de mudar essa impressão. Eu falei com a tua irmã e eles vão para o Japão amanhã e vamos dizer que eu já estava planejando te convencer de ir- ela diz se levantando e vai até a gaveta da estante e tirou um papel de lá

Esther: Que isso mãe?- eu digo e ela me entrega o papel. Quando eu vi o mesmo eu vi que era uma passagem para o Japão- Eu não acredito que você fez isso dona Marcia

Marcia: Fiquei sem paciência de esperar você tomar alguma atitude- ela diz e eu abraço a mesma- Agora vai arrumar as tuas malas que o voo é pra hoje

Esther: Pera, que!- eu digo olhando pra data e horário no papel e era isso mesmo- MEU DEUS MÃE É DAQUI HÁ DUAS HORAS- eu pulo do sofá e fui direto pro meu quarto arrumar as malas

[...]

Acabei de entrar no avião e ainda tava bem pensativa, não sabia se eu tava realmente fazendo a coisa certa em ir agora, não acho que é melhor eu não ir

Senhora: Com licença mocinha, posso me sentar?- uma senhora que parecia ter uns 60 anos fala comigo e eu dou passagem pra ela passar- Obrigada

Esther: De nada- eu digo e ela da um sorriso simpático pra mim. Eu estava determinada a sair daquele avião naquele momento

Senhora: Onde você vai mocinha, o avião já vai decolar- ela diz e eu paro

Esther: Senhora eu não posso viajar, estou com problemas com os meus amigos e não estou certa se devo ir ou não- eu digo tentando pegar a minha mala mas parecia agarrada

Senhora: Mas você está viajando pra encontrar eles?- ela pergunta calmamente

Esther: Sim mas eu acho que eles me odeiam e se eu for, vai ser pior. Que droga de bolsa que não sai- eu digo a última parte me irritando e tentando puxar a mesma

Senhora: Querida, você não tem certeza de nada e vai arriscar tudo? Você já está no avião e vai sair agora por uma incerteza?

Esther: Eu to com medo!- eu falo mais alto fazendo todos olharem pra mim, ainda bem que tinha pouca gente, e paro de puxar a bolsa- Eu to com medo deles ainda estiverem bravos comigo, prefiro viver com essa dúvida do que me machucar tirando ela a limpo- eu digo e volto a puxar a bolsa- Meu Deus alguém pode me ajudar aqui

Senhora: Essa situação me lembrou uma frase que um amigo me disse quando eu estava em uma situação parecida. "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar"- ela diz e eu paro de puxar a bolsa

Esther: Shakespeare- eu digo abaixando a cabeça e depois olhei pra ela e ela riu

Senhora: Você não pode ter medo de errar, mas sim de não se arriscar e perder a oportunidade de ser feliz. Não sei o que você fez com seus amigos mas se te amam, vão te perdoar só por você ter pego esse avião com duração de umas onze horas até o Japão- ela fala e na hora escuto a aeromoça pedir para os passageiros se sentarem, eu olhei pra porta, olhei pra senhora e sabia que ali era a última chance de tomar uma decisão

Aeromoça: Senhorita por favor sente-se e aperte os cintos, o avião já vai decolar- eu fiquei olhando um pouco pra porta- Senhorita? Está tudo bem?

Esther: Sim...tudo bem- eu digo, largo a bolsa e me sento afivelando meu cinto

Senhora: Bela escolha mocinha- ela sorri pra mim e eu dou um sorriso fraco pra ela. O avião decolou e logo que eu pude, levantei para tentar pegar a bolsa- Deixa eu tentar, mocinha- ela se levanta e eu dou passagem. Ela pega na bolsa e tira ela com a maior facilidade e de primeira

Esther: Mas eu...tava presa...como?...- eu pergunto confusa. Ela parece ser muito mas fraca que eu e tenho certeza que é

Senhora: Parece que ela não gosta muito de você- ela faz referência à bolsa e se senta depois no lugar dela. O resto do voo foi tranquilo, cansativo mais tranquilo

[...]

Esther: Meu Deus cadê esse táxi?- eu tinha chamado um táxi mas ele não chegava e faltava vinte minutos pro programa começar. Depois de dez minuto eu decidi ir de ônibus mas lembrei que não falo japonês e o cara do táxi era americano então tinha que esperar. No momento o táxi chegou e eu entrei no mesmo quase igual uma flecha- Moço por favor, corre, o programa começa daqui a...- eu olhei o relógio- Dez minutos meu Deus

Motorista: Deixa comigo- ele arranca com o carro e pra minha sorte, até demais porque era Tóquio, ele chegou lá no tempo certo mas ainda sim, cheguei atrasada. Eu fui na direção da entrada do estúdio e entrei no mesmo

Segurança: honi yon hu ka shi zuca ua- não foi isso que ele disse mas foi isso que eu entendi, ele pegou no meu braço e ia me tirar dali

Esther: Moço eu faço parte da produção do filme, eu estou atrasada e preciso entrar!- eu digo pra ele mas ele não entendia nada, eu tentava tirar a mão dele do meu braço mas era em vão, o cara parecia um lutador de sumô

David: Esther? Graças a Deus você chegou. O que você está fazendo? Ela está comigo- ele aponta pro crachá dele e apontou pra mim

Segurança: Shitsureishimashita- ele diz se curvando pra mim. Provavelmente é uma das não sei quantas maneiras de dizer "desculpa" então eu fiz um joinha pra ele, acho que ele entendeu porque deu um sorrisinho disfarçado

David: Que bom ter você aqui- ele diz me abraçando e eu faço o mesmo- Agora vamos você está atrasada e o pessoal já entrou- ele me arrasta pra onde tem as maquiagens e as moças só fizeram uma básica da básica porque não dava tempo. Quando eu entrei eles estavam falando de mim, que ironia

Esther: Desculpa gente, to um pouco atrasada- eu falo e todos me encaram, inclusive o pessoal com caras de espantados, eles não sabiam então já esperava isso- Perdi alguma coisa?

Suzan: Na verdade não, você chegou no momento certo. Com vocês, Esther Mendes, uma das gravadoras de In the Limelight- ela diz e todos me aplaudem- Sente-se conosco- ela aponta pra um lugar do lado da Lily e eu me sento, na hora que eu sentei ela me abraçou, eu não esperava isso mas abracei ela de novo, claro. Tão bom saber que pelo menos um deles não está triste comigo e esse um, é a minha irmã- Que lindo o reencontro mas Esther, estávamos falando sobre o tempo que estava longe e ficaram todos nervosos quando cogitei a possibilidade de ter sido algum romance entre você e alguém do grupo talvez, é verdade?- ela diz toda maliciosa. Eu permaneci calma e plena

Esther: Eu estava doente, peguei pneumonia e pensei melhor ir pra casa por um tempo. Foi bem sério mas eu não queria deixar ninguém preocupado então, não disse que estava tão grave e disse que só ia voltar quando estivesse 100%- eu falei muito convincente e vi todos olhando bem surpresos

O resto da entrevistas foram perguntas aleatórias, jogos e essas coisas. Agora a gente tava saindo do palco e essa seria a pior parte, ter que encarar todo mundo depois de tanto tempo

Destiny//Jonah Marais Onde histórias criam vida. Descubra agora