Capitulo 22

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Acordo com uma dor de cabeça infernal, a bebida, foi isso, com certeza.

Lembro- me de tudo que aconteceu na noite passada. Inclusive de minha fácil entrega ao meu querido professor.

Olho ao redor e não vejo ninguém, as meninas não dormiram aqui, safadas.

Olho no despertador: 10:00.

Olho-me no espelho, olheiras horríveis na certa.

Vou para o banheiro e faço minhas higienes, tomo meu banho e entre outras coisas.

Visto uma bermudinha com uma camisa vermelha, mostrando um pouco de minha barriguinha.

Passo base, batom e rímel.

Vou até o jardim, está cheio. Pessoas jogadas no chão, nas espreguiçadeiras da piscina, até mesmo na grama.

- Você sumiu ontem.

- Ai, todo mundo tem o costume de me assustar! - Digo e Humberto começa a gargalhar.

Que droga.

- Venha, vamos tomar uma bebida.

- Ah, valeu, mas não quero beber até o natal - Disse cruzando os braços.

Ele gargalha novamente.

- Yaaaaara! - Ouço alguém me chamar. Eliza.

Ela me abraça.

- Onde vocês estavam? Te procurei por toda parte. - Pergunto preocupada.

- Ah, então quer dizer que não fui a única a não dormir no quarto? - Ela pergunta vermelha.

- Sua safada - Bato em seu ombro. - E cadê as outras? - Pergunto olhando ao redor.

- Estão tomando banho de piscina. Venha conosco e convide seu amigo também.

Chegamos na piscina, está extremamente cheia, Emily acena para mim e logo em seguida pula na água. Patrícia está comendo um churrasco cheio de banhas, minha gulosa. Fernanda está conversando com um outro grupo de meninas, e acena quando me ver.

- Esses jovens - Ouço Guilherme falar tranquilo.

- Hum - Faço bico e cruzo os braços.

- Está chateada comigo? - Naaaaaao! Imagine, só tô muito PUTA!

- Deveria? - Permaneço do mesmo jeito. PUTA!

- Venha, precisamos conversar - Ele diz com a voz um pouco rouca. Como se estivesse dando uma ordem.

Chegamos num lugar onde tem vários balanços, escorregas e gangorras, acho que é um pequeno parquinho.

Nos sentamos nos balanços.

- Olhe, eu não quero que fique chateada comigo, eu, eu não podia fazer aquilo com você - Ele diz e eu baixo a cabeça, sinto meus olhos marejarem. - Você estava bêbada, vulnerável. Eu sou maior de idade, você tem apenas 16 anos, eu tenho 28. Você é apenas uma jovem de 16 anos, que está com os hormônios a flor da pele, eu sou um cara de 28 anos, que não está sabendo como controlar seus desejos.

- Mas...

- Sinto muito, não posso, não faria bem à minha carreira e você ficaria comentada pelo resto de sua vida. Traria problemas principalmente à sua família.

- Ainda amigos? - Pergunto, pareço trouxa? Talvez!

- Eu...

- Tudo bem, eu entendi.

- Por favor, não fique chateada comigo, não quero lhe causar mal, eu...

O interrompo:

- Não fale mais comigo, por favor. - Saio do balanço e corro.

Estou com raiva, nojo de mim mesma.

Fui uma trouxa.

Uma idiota.

Eu me odeio.

Odeio ele.

Arrumo minha mochila, preciso sair daqui, não posso estar no mesmo lugar que ele.

"Sinto muito, não posso" .

Por que?

Céus o que ele fez comigo?

Só não posso estar, não, não.

Só não posso estar apaixonada por ele.

Querido Professor Onde histórias criam vida. Descubra agora