Capítulo 8

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Acordo com olheiras enormes.

Tomo meu banho e me arrumo, como faço todos os dias. Hoje é quarta, aula de Português. A aula mais chata, meu professor se chama Paulo, ele aparenta ter uns 30 anos, muitos dizem que ele dorme com as alunas, mas acho que são apenas boatos. Espero que seja, essas coisas nunca dão certo.

Ele começa a passar a prova, está muito fácil. Nunca tive problemas em ensino, tive mais problemas em comportamento ou algo do tipo.

Termino de fazer minha prova. Ele diz que posso ficar no refeitório. Vou até o refeitório pra lanchar alguma coisa, estou morrendo de fome. E Advinha quem eu encontro? Ele mesmo GUILHERME MELO!

Começo a bater palmas.

- Bonito, que bonito hein! Os alunos se matando pra fazerem atividades e o "Querido professor" - Faço aspas com a mão - Comendo lanchinho. Estou indignada.

- Oras, e você? O que tá fazendo aqui? Por isso que não deixo você sair nas minhas aulas, só fica passeando! - Ele disse tomando um suco, pela cor e os pontinhos pretos, acho que é de maracujá.

- O professor, ou melhor, o meu melhor professor, me deixou sair porque terminei de fazer minhas atividades.

- Hello! - Chega Eliza me dando um belo de um susto.

- Tchau meninas, tenho que dar minha aula - Guilherme disse indo embora de repente, sabe Deus porque.

Eu e Eliza nos sentamos em um banco.

- Por favor, me diga o que está acontecendo com você e o Guilherme - Digo quebrando o silêncio, essa situação está me perturbando.

- É que, há um mês atrás, eu meio que disse que sentia algo por ele - Estou chocada.

- Nossa! Eu, eu não sabia, acho melhor eu desistir do desafio, não seria...

Sou interrompida :

- Não, tudo bem. Eu não sinto tanta coisa assim por ele, e além do mais, as meninas iriam desconfiar e não quero interrogatórios.

- Tudo bem - Digo beijando a testa dela. Minha Baixinha.

Toca o sinal para voltarmos para a sala, o prof Paulo já havia saído, ele disse que vem um prof no lugar dele, já que Paulo não estava se sentindo bem.

- Bom dia - Ouço aquele sotaque belíssimo, eu amo!

- Aaah nãaaaaao, por que meu Deus? Por quê!?- Faço drama.

- Ha, ha muito engraçada senhorita Fernandes. Sentem- se por favor.

Nos sentamos quietas, fico esperando uma oportunidade para perturbar ele.

- Como não sabia que iríamos mudar de horário, entendo que apenas alguns escreveram o assunto em seu caderno - Ele olha pra mim - Amanhã vamos corrigir.

- Olha só a partir de amanhã você pode cumprir seu desafio - Patrícia fala baixinho em meu ouvido.

- Ôh fofoca boa não é mesmo? - Diz sabrina. Ah, essa garota ta me tirando, só pode.

- E se for? É da tua conta?

Ela apenas revira os olhos e se vira para copiar.

Vou até a mesa de Guilherme.

- Licença senhor, posso ir beber água? - Falo "senhor" Para provoca-lo.

- Poderia até ir, mas me chamou de senhor, fique aí mesmo - Está funcionando.

Fico apenas parada em seu lado, o olhando.

- Vai ficar para aí me admirando até quando? - Ele pergunta me olhando.

- O senhor disse para mim "Fique aí mesmo", e é exatamente o que estou fazendo - O provoco de novo.

- Nossa que obediente, por favor Yara, sente- se em sua cadeira.

- Tudo bem querido professor - Digo andando até meu lugar.

Estou sentada agora, aguentar esse cara mais uma aula. Meu Deus, e amanhã ainda tem mais. Como vou aguentar?

Querido Professor Onde histórias criam vida. Descubra agora