Capitulo 23

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"Você é apenas uma jovem com os hormônios a flor da pele, e eu, um homem de 28 anos que não está sabendo como controlar seus desejos" .

Essas palavras não saem da minha cabeça. O porquê? Eu não sei, mas me machucaram e muito.

Hoje é segunda-feira, glória a Deus, pelo menos não vou olhar na cara daquele... Argh, que ódio meu Deus.

- Filha, vamos. Seu café da manhã está pronto. - Marissol coloca a cabeça na porta.

- Ja tô indo mãe, deixa só eu pegar meu livro - Disse e ela sai cantando.

Ainda bem que não depende da música.

Pego meu maldito livro e coloco em minha mochila.

- Bom dia maninha! - Diz Logan, beijando minha testa.

- Bom dia, viu um passarinho verde em sua janela, foi?

- Não, apenas estou feliz ué. E aí, quer que eu te leve pra escola? - Pergunta pegando uma pêra na fruteira.

- Hum - Coloco a mão no queixo - Ok! - Digo um pouco animada.

- Ai, é tão bom ver isso! Meus dois bebês se ajudando - Diz Marissol descendo as escadas.

Reviramos os olhos.

- Vamos, vai ficar tarde - Ele diz pegando a chave do carro.

Entramos no carro em silêncio.

- E aí Logan, vai me contar o porquê de estar tão feliz? - Arqueio uma sombrancelha.

- Meu Deus! Não pode mais estar feliz nessa nação!?

- Fale logo - Exijo.

- Bom, tudo bem, tudo bem, eu falo, mas não conte pra ninguém, ainda - Logan me deixa curiosa - Eu estou namorando.

Começo a gargalhar alto no carro.

- Você? Um dos cariocas mais desejados do Rio de Janeiro? Namorando? - Gargalho mais alto.

Ele revira os olhos.

- Sim ué.

- Que milagre! - Digo ainda impressionada com o que acabei de ouvir.

- Ai, você consegue tirar o bom humor de qualquer pessoa! - Ele reclama.

- Ah, me desculpe - Me recomponho - Quando você pretende a apresenta-la?

- Não sei, você sabe que nosso pai é muito chato com essas coisas, e é por isso que peço para não falar pra ninguém.

- Fique tranquilo, manterei em sigilo.

- Agora desça pirralha, tenho que ir pra escola - Ele diz num tom brincalhão. Sorrio.

- Tchau, cuidado - Falo dando um beijinho em seu rosto.

Entro na sala. As meninas soltam um gritinho.

- Pensei que você não viria!

- Relaxa meninas! - Digo balançando os cabelos.

- Sente- se Yara - Diz o professor.

Vou até o lixeiro e jogo meu chiclete fora.

As meninas riem baixinho. Começo escrever o maldito assunto, pois esqueci meu celular em casa. Droga!

Vou até o banheiro, retoco meu batom.

Dou uma voltinha pela quadra, que está totalmente vazia, viro para voltar para a sala, bato em alguém e caio de bunda no chão. EU MEREÇO!

- Preste atenção seu... - Paro de falar quando encontro um par de olhos verdes e uma linda boca rosada.

Céus, estou tendo a visão dos deuses.

- Me desculpe, não queria machuca- la. Está bem? - Pergunta o garoto dando-me a mão.

- Tudo bem, eu estou ótima.

- Você poderia me informar onde fica a secretaria?

- Desculpe, está indo pra o lugar totalmente errado, por aqui fica a quadra, a secretaria fica pra aquele lado - Aponto para o lado oposto que ele estava indo.

- Tudo bem, obrigado - Ele diz correndo até o lugar onde indiquei a secretária.

Ele é lindo.

Será que estuda aqui? Acho que não, nunca o vi.

Santo Deus! Estou embasbacada.

Querido Professor Onde histórias criam vida. Descubra agora