Grávida de um Favelado

Capítulo 6 - Não, por favor!

*Gabi On*

Acordo abrindo os olhos devagar até estar acordada e sem ânimo, vou em meu closet e pego uma regata Rosa e um short jeans preto curto desfiado e meu chinelo de tira, tomo um banho rápido e desço escutando vozes estranhas.

Vou até a cozinha e vejo meus pais e meu irmão perto de uma mulher aparentando ter 40 anos, vestida bem formal.

- É ela? - Pergunta e mesma me olhando com um sorriso falso.

- Ela mesma! - Fala meu pai com nojo.

- Podem vir rapazes! - Fala a mulher fazendo um sinal e dois caras fortes me pegam a força.

- Me solta!! ME SOLTAAAA!! AAAHH!! - Começo a gritar vendo meus pais sorrindo de lado e meu sério.

- Tchau queridos, ela será bem tratada! - Fala a mulher pegando sua bolsa e vindo em minha direção, vejo meus pais se virarem e meu pai abraçar minha mãe.

Saímos de casa até uma Kombi, entramos e sentem os dois homens do meu lado e a mulher na frente com o motorista.

- Pra onde estão me levando?! - Falo nervosa já chorando.

- Agora você vai entrar nos eixos! - Fala a mesma mulher e sorri maldosa.

Começo a chorar e abraço um homem do meu lado que fica parado.
O cara dirige até uma casa enorme perto de uma floresta, entramos e vejo alguns adolescentes tristes, a Kombi para e saímos.

A moça me leva até um quarto e me olha com nojo.

- Bem vinda ao inferno, querida... - Fala e sai trancado a porta.

Olho ao redor e vejo uma janela com grades, o quarto é minúsculo, uma cama de ferro, uma cômoda com uma cruz de Jesus Cristo e quadros cristãos nas paredes.

Caminho até a janela e olho de bem longe uma placa, leio com dificuldade e está inscrito "Internato dos milagres".

Estou numa cadeia me curando de uma gravidez.... choro muito e me jogo na parede deslizando até sentir o chão frio, me deito e choro até adormecer.

***

  Acordo com a porta se abrindo, como é bem enferrujada faz barulho, me levanto rapidamente vendo aquela velha dando um sorriso infernal.

- Olá querida... - Fala fechando a porta e caminhando até a cama.

- O que você quer? - Falo assustada.

- Conversar...

- Sobre? - Pergunto me sentando e arqueando uma sobrancelha.

- Seus pais me falaram o motivo de vir para cá, minha cara... - Falou e gelei com medo. - Tendo relações com outras mulheres e tomando medicamentos para dormir, isso é vida pra você? - Falou, pelo visto meus pais estão mentindo.

- Calma... - Penso bem, acho melhor entrar no jogo. - Eu não queria, mas tô de boa... Amo buceta! - Falo sínica, a mulher levanta e me dá um tapa no meio da cara.

- Está indo longe demais, senhorita Almeida! - Falou me puxando pelo braço, assobiou e dois homens vierem me pegar e me levaram até um quarto onde havia coisas pra machucar.

- O que é isso?! - Falo quando eles me jogam no chão.

- Vou te ensinar a ter bons modos, garotinha! - Fala a velha pegando um cinto de couro e me chicotando ás costas.

- Para!! - Grito Chorando, caio no chão e a mesma pega um chicote umbigo de boi e me chicoteia mais ainda.

- Se continuar me desrespeitando será pior! - Fala a mesma me dando um tapa na cara e sai, me deixando sozinha no quarto.

  Jogada no chão, me coloco a chorar, meu corpo dói, minha alma dói... O que acontecerá comigo? E meu bebê?! Meu Deus... Fico chorando até uma freira vir me buscar...