Capítulo 38 - Saindo do Morro

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*Gabi On*

  Acordo depois daquela incrível noite com o Felipe, e levanto e vou até o banheiro e faço minhas devidas higienes. Após, vou no quarto, onde Felipe não se encontra, olho para o relógio e marcam 14h. Fico pasma e pego o Murilo, levo ele pra sala e deixo vendo galinha pintadinha depois de ter dado de mamar a ele.

 Tomo meu café e hoje vou deixar o Murilo na casa de Madalena pra eu arrumar umas coisas na boca junto ao Felipe. Acabando lavo as coisas e vou até a sala, desligo a TV e pego ele e a bolsa, tranco a casa e despeço dos vapores que estão fazendo a ronda aqui hoje.

Deixo Murilo depois de muito sofrimento, eu sou ciumenta com ele... E sigo pra boca, conforme ia caminhando um pressentimento vinha a mente... Logo chego, entro e quando abro a porta vejo uma garota loira conversando com o Felipe.

- Tô atrapalhando? - Falei pra provocar mesmo.

 A loira revirou e quando foi sair esbarrou de propósito em mim, saiu tentando rebolar igual uma caveira morta.

- Tá com o olhos no cu minha filha? - Perguntei e ela virou um dedo e saiu, sorri e me sentei.

- Qual foi, para de provocar essa garotas do morro. - Falou Felipe e ri sem humor.

- Qual foi o caralho, ela são metidinhas e se acham as barraqueiras, na hora que eu pegar já era...

- Tô te avisando, fica longe delas... pro teu bem tá ligado?

- Ih Felipe tá protegendo elas?

- Tô Gabriela, por que? Eu me preocupo com todos nesse morro, que caralho! - Falou e me subiu um ódio tão grande.

- Então beleza, fica com essas putas que falam do MEU filho, que eu tô metendo meu pé desse morro! - Falo e quando vou sair ele me puxa.

- Tu tenta sair desse morro pra tu ver, cansei de ser o bonzinho com tu! - Falou e me soltei, sai de lá pisando fundo.

  Desci pra casa de Madalena com lágrimas quentes de raiva no rosto, apertei minha mãos com força de ódio, só defende aquelas putas, que caralho também! Vou até na casa dela e pego o Murilo, agradeço e subo pra casa. Quando passo na boca vejo uma cena horrível...

 O Felipe abraçou aquela puta loira, quando ele percebeu nem deu tempo de falar comigo, apertei o passo e subi pra casa de volta. Cheguei e subi pro quarto, tranquei a porta e coloquei Murilo na cama, deslizei pelo parede e comecei a chorar.

 Tudo bem que é um abraço, mas cara, ele não me abraça direito e agarrou aquela piranha... QUE MERDA DE VIDA! Choro tanto que fico com dor de cabeça. Me levantei com raiva e arrumei uma mochila de roupas minha e do Murilo, só algumas, e cosméticos necessários.

 Dei um banho no Murilo e deixei o mesmo bem fresquinho, vesti uma roupa e coloquei ele no carrinho, botei o carrinho na porta do banheiro e dei um brinquedo ele, tomei um banho e vesti uma camiseta branca, um short jeans preto curto desfiado e um tênis branco.

 Peguei a mochila e botei nas costas, peguei meu celular e enfiei no bolso, dei de mamar o meu filho, e ele dormiu, desci e como estava anoitecendo, tipo 19h, o Felipe ainda não saiu da boca. Sai da casa e desci pela rua de trás.

 Desci bem rápido mas com cuidado, quando cheguei na saída e entradas dos caminhões com mercadorias vi que tinha dois vapores ali, quando eles se distraíram corri e sai de lá. Liguei pra um táxi e sai daquele morro, que o Felipe se vire com as putas dele. 


Grávida de um FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora