Capítulo 8

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Escutei o despertador tocar então me inclinei um pouco e o desliguei. Olhei ao redor e vi meu quarto bem bagunçado.

Preciso dar um jeito nisso.

Me sentei na cama e passei as mãos nos olhos. Olhei para o lado e vi meu notebook que provavelmente já deve estar descarregado. Levantei e fui para o banheiro.

(...)

Desci as escadas e não vi nenhuma movimentação no primeiro andar.

Que estranho. Será que ninguém acordou ainda?

Fui até a cozinha e peguei o galão de leite na geladeira.

-Oi senhorita, pode deixar que eu preparo o seu café da manhã.

Virei e vi Donna, empregada que Charlotte contratou.

-Não precisa se preocupar, eu já estou preparando. -Peguei a xícara no armário.

-Por favor, eu tenho que fazer isso senão a senhora Charlotte pode ficar brava comigo.

É, realmente. Não duvido nada vindo daquela dali.

-Tudo bem. -Começei a pensar. -Então faça um sanduíche pra mim, por favor.

Sorri e ela consentiu indo em direção a geladeira e pegando os ingredientes necessários.

Me sentei no balcão e tomei o cappuccino.

-Mas me diz uma coisa, você sabe por que meu pai ainda não está acordado? Ele pode se atrasar pro trabalho. -Bebi mais um gole.

-Ah, ele teve que sair hoje pela madrugada. Achei que soubesse. -Disse e cortou o tomate.

-Aconteceu alguma coisa? -Perguntei preocupada.

-Com ele não, mas parece que uma das empresas não passou a quantidade correta de roupas que ele havia pedido. Então ele foi averiguar.

-E você sabe quando ele vai voltar?

-Eu não sei ao certo, mas antes dele sair daqui, ele estava falando no telefone com um tal de Vicente. E, ele disse que iria para a empresa de Londres, senhorita.

-Londres? Mas é muito longe.

-O que é que tem Londres? -Olhei para a entrada da cozinha e vi Charlotte encostada com os braços cruzados.

Ela ainda está com o seu roupão de seda super caro.

Gosto nem de imaginar quantos deve ter custado.

-Papai foi pra lá hoje de madrugada. -Digo.

Ela revirou os olhos e veio até nós.

-Já era de se esperar. Agora eu quero que você prepare um café bem fresquinho e a minha banheira também. Estarei lá em cima esperando.

-Sim, senhora.

Charlotte saiu e Donna olhou pra mim.

-Tudo bem. Eu termino o sanduíche.

Ela sorriu e concordou. Saindo correndo em direção a escada. Terminei de tomar o cappuccino e fui em direção ao sanduíche mal terminado. Peguei o alface e coloquei em cima. O fechei e o enrolei em um plástico.

Até perdi a fome.

Subi as escadas e peguei minha mochila no quarto. Guardei o sanduíche dentro e saí de casa.

(...)

Caminhei até a lojinha que há aqui no centro da cidade e entrei.

Tenho que comprar alguma coisa pro Jake.

Eu odeio amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora