O crime da mídia

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Eu tomei um banho de água fria  na manhã seguinte e sai pra correr, no caminho acabei me encontrando com o jornalista.

-olá, Rute. -ele me comprimentou com o sorriso de sempre.

-oi, Igor.

-você ainda parece estar triste.

-um pouco, já deve saber o que aconteceu ontem.

-sim, o policial corrupto. -falou Igor me entegando um jornal.

-Ninguém é confiável.

-pois é,você sabe se o dono do bar está melhor?

-sim, por que?

-eu que dei aquele "sustinho" nele e no policial que foi pro xilindró.

-como? -perguntei desacreditada.

-eu faço de tudo pra ter uma notícia  quente.

-você bateu neles?

-sim, mas foi de leve.

-você só pode ter algum problema.

-nem me venha com essa, o jornal ia ter falhido se não fosse pela morte do Diogo.

-você matou ele?

-não ,garotinha.Existem limites, até pra mim.

-você é doente.Tem noção do que fez?

-não sou o primeiro jornalista a cometer loucuras por uma boa notícia.E outra coisa nada de contar sobre essa conversa pra ninguém.

-Que absurdo!Só tem gente maluca nessa cidade.

-baixa a bola, menina, você não entende.

-entender o que? -perguntou Thiago que também vinha da caminhada.

-nada. -respondi o segurando pelo braço e indo embora, ainda olhei pra trás e Igor fez sinal de silêncio pra mim.

   Decidimos ir pra lanchonete pra conversar melhor e contei pro Thiago o que o jornalista tinha me dito.

-então foi ele.

-sim e pior que foi só pra ganhar fama no jornal.

-ele só pode ter matado o Diogo.

-pode ser, a gente tem que avisar a Olívia.

-calma, Rute.Isso ta parecendo ser uma roubada.

-não é.

-é sim, você acha que ele ia te contar isso e continuar andando por Mistilho?

-e agora?

-a gente precisa guardar esse segredo, por enquanto.

  Thiago estava certo, realmente aquilo parecia uma cilada e outra o Igor podia publicar algo contra nós.Estávamos vulneráveis a essa situação,mas seria por pouco tempo.

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