Naquela manhã

35 7 0
                                    

Nunca imaginei que naquele hotel as pessoas acordassem tão animadas.Ouvi D.Branca gritar logo cedo:
  
  -Querido!!!

-sim.-seu Tucho respondia trêmulo.

  
Ouvia-se uma música animada vindo do terrio. Algo como um pagode:
           
 
  "To namorando aquela mina,
   Mas não sei se ela me namora
   Mina maneira do condomínio,
     Lá do bairro onde eu moro"
    

  -bom dia, gatinhos.-Titia comprimentou abrindo a janela.

-anão Isa.-reclamou Thiago a receber o sol na cara.

-fala sério,tia.

-vamos Rute, você também mocinho. -ela falou fazendo a gente se levantar.

     Depois de me trocar aproveitei pra comer, seu Zé parecia já ter feito amizade com seu Tucho, eles riam e conversavam alegremente.

   -como passou a noite?-perguntou D.Branca ao me ver.

-bem.-respondi mordendo uma maçã.

-e seu "amigo"?

-continuamos amigos, pelo menos é o que perece.

-ele é muito bonito né?

Parecia que ela tinha lido meus pensamentos e eu apenas confirmei que sim com a cabeça.
-temos que chegar em Mistilho de tarde.-falou titia com seus cabelos vermelhos soltos e radiantes.

-pode ser.

-vocês são de lá? -D.Branca perguntou admirada.

-sim.-respondeu titia.

-soube que o dono da cidade morreu.

-como você discubriu?-perguntei sem entender.

-primeira página do jornal.

  Era uma triste verdade pra nós e uma ótima notícia pros jornalistas e curiosos.

  -Que merda! -Tia Isa falou subindo as escadas furiosa.

Thiago viu a cena e decidiu subir comigo pra acalma-lá.
D.Branca ficou com uma cara de quem não entenderá nada.

  Eu sabia que se a mídia fosse cobrir aquele caso a justiça ia ser mais uma vez difícil de ser alcançada.

OS CRIMES QUE COMETEMOS  Onde histórias criam vida. Descubra agora