OS CRIMES QUE COMETEMOS

O dono do bar

-Seu  Zé. -a investigadora sorriu ao me ver entrar.-sente-se.

-ok.-respondi sem muito interesse.

-O que te levou a ir pra um lugar tão longe?

-trabalho.

-só isso?-ela perguntou intrigada.

-na cidade grande ia ser só mais um barzinho, Mistilho é no fim do mundo, mas não deixa de ser agradável.

-conhecia Diogo a muito tempo?

-Desde que me mudei,ele sempre foi gentil comigo, mas tinha um gênio difícil.

-soube que separou a briga na lanchonete.Aconteceu mais alguma coisa "estranha" ontem?

-vi a Isa dizer que mataria ele se incomodasse a sobrinha dela.

-como soube disso?

-estavam no meu bar, eu fiz uma festa por lá.

-essas duas odeiam ele.Não da pra entender.

-você não sabe? -perguntei e ela fez uma cara como se  respondesse "o que". -O Diogo foi o responsável pela morte do pai da Rute.

-O sr.Diogo  era um homem correto, não existe queixas na polícia contra ele.

-esse é o problema com quem pode pagar pra calar as pessoas. -falei com peso na consciência.

-está insunuando que a polícia recebeu dinheiro pra não prende-ló? -ela perguntou fazendo cara de poucos amigos.

-D.Olívia,está mais claro que a água.

-se isso aconteceu eu vou descobri e os culpados serão pegos.

-espero que isso aconteça.

-como fez pra comprar o bar e sua casa?

-arrumei dinheiro.

-tem certeza? Se mentir pra mim posso complicar sua situação.

-jamais mentiria pra uma investigadora.

-seu Zé, não se esqueça que sinto o cheiro quando alguém mente pra mim.

-eu não mataria o Diogo,juro que sou inocente.

-os culpados sempre dizem o mesmo.

A investigadora me fez mais algumas perguntas, mas eu não respondi, preferi me calar e não me comprometer, se alguém soubesse o que eu já tinha feito...

-seu Zé. -Olívia me chamou atenção ao perceber que tinha me perdido nos meus pensamentos.  -pode se retirar.

    Sai da sala e sentei perto de Thiago que estava com a cabeça encostada no ombro da Rute.Depois de alguns minutos chamaram outra pessoa pra ser interrogada.