Amiguinhas, sei que estão todas querendo narração do Pezão ou da Miih. Mas, vamos deixar pro livro deles, beleza ..?
Então, vamos a voltar um pouco, pra nós entender direitinho.
WM
Depois que Pezão e Rato partiram atrás do Tenente, não foi complicado acabar com a invasão.
Parece que a invasão só aconteceu por causa daquele pau no cu. Ele saindo, os verme foram recuando também.
Pequeno e Menor somente precisaram de curativos, porque aquilo que eles tomaram não podia nem ser considerado tiro. Um arranhão só e as gazelas tavam fazendo maior drama.
Tanto que a novinha do Pequeno quase chora com o exagero dele.
Assim que confirmei que estava tudo nos conformes com eles, eu parti atrás dos outros dois.
O lugar não era muito longe, mas era isolado. Realmente, um lugar pra um cativeiro.
Quando chegamos, a miséria tava feita. Rato tava caído, com a cabeça no colo da Drª que gritava muito, e não demorou nada a desmaiar também.
Eu também não podia ir lá socorrer, porque a minha frente, tinha um Pezão se engalfinhando com o PM endemoniado.
E, levou apenas um segundo, pra Michelle pegar uma pistola que estava caída no chão, e apontar pra eles.
Miih: Acabou - ela gritou - solta ele agora seu verme
Eles pararam a luta, e os dois olharam pra ela.
Pezão olhava admirado, o Tenente amedrontado.
Tenente: Vai me matar garota? - disse ontem sarcasmo e ela chorava copiosamente - tu tem coragem pra isso? Tem?
Pezão: Michelle? - a chamou sem resposta - Morena, olha pra mim.
Ela chorava e tremia muito com a arma na mão.
Michelle: Eu vou matar vc desgraçado.
Pezão: Aqui meu chuchu, olha pra mim. Me dá a arma.
Nesse momento eu já tava com minha arma em punho, pra que ele não fugisse.
Tenente: Vc não vai me matar, sabe porque..? - ela chorava alto balançando a cabeça em negação - Vc não vai me matar porque vc gostou não foi..?
Pezão: Gostou de que?
Eu me pus ao lado de Pezão, que pegou um canivete que estava na minha cintura
Tenente: Conta pra ele Gostosa
Pezão: O que foi..?
Tenente: Ela é Boa Cidadão. Boa demais! - disse lambendo os lábios
Que cara nojento!
Pezão: Michelle, ele tocou em vc? - disse firme
Ela o olhou vacilante, o rosto banhado. Deu pra sentir a dor nos olhos dela. Não falou nada, mas o olhava tão sofrida, eles pareciam conversar pelo olhar.
Ele, que pareceu entender o que aquele olhar dizia, se virou tão rápido quanto possível, e cravou o canivete no pescoço do PM do capeta. Um pouco abaixo do maxilar, e após isso, pôs se atrás de Michelle, falou algo em seu ouvido que a fez descarregar a pistola no peito do defunto.
Isso tudo foi muito rápido, os caras falaram que nem sinal de Natália, e Rato estava baleado e desacordado.
Seguimos todos pro hospital, que com poucos minutos parecia uma extensão do morro. Estávamos todos lá.
Rato iria passar por uma cirurgia complicada, e ia precisar de uma transfusão, porque perdeu muito sangue. A complicação é que o sangue dele é raro, e em 90% dos casos, só um parente pra conseguir doar. Mas estávamos confiantes nos 10%.
Eu fiz o teste, Pequeno fez. Até os vapor que tava fazendo nossa escolta fez. Por último, Pezão tentou pra desencargo de consciência mesmo, já que estávamos perdendo a esperança.
Mas o resultado nos surpreendeu. Tinha compatibilidade de 99%.
Pequeno: Graças a Deus, isso é ótimo. Vc pode doar Patrão.
Médico: vcs deveriam ter dito que o paciente tinha um irmão aqui, adiantaria bastante as coisas.
Pezão: Não, nós não somos irmãos.
Médico: bem, com base nesse resultado aqui, eu diria que são sim. Porem, só posso afirmar por meio de um DNA.
Pezão: Então faz esse trem aí
O médico saiu, e nos sentamos pra esperar. Demorou um monte, tanto que até descobrimos que o Rato vai ser pai.
Quando o médico voltou, confirmando o parentesco do Rato e do Pezão, foi um baque pra ele.
Ficou no canto dele, pensativo. Depois foi lá, falou com Michelle e voltou a esperar Rato acabar a cirurgia.
WM: Fala comigo Patrão. Que ta se passando aí - ele suspirou fundo antes de começar a falar
Pezão: Vc tem noção de o quanto eu quis ter uma família? Um parente que fosse? Agora eu tenho um irmão. Um irmão velho, que tava comigo o tempo todo.
WM: Eu sei. É foda. Mas, e agora?
Pezão: Agora ele vai ter tudo o que tem direito. Vou tirar aquele viado da CDD, e vou entregar ao Rato. Meu irmão não vai ser nada menos do que dono de morro. Ele vai ter tudo que sempre quis ter. - puxou uma longa respiração - ele tava passando maior perrengue a vida inteira WM, enquanto eu tinha tudo, dinheiro, mulheres, curtição. Ele tava lá sofrendo. Eu vou garantir que meu irmão tenha tudo.
WM: Isso é bonito da sua parte irmão, mas sei porque vc esta fazendo isso. E quero que saiba que vc não tem culpa de nada.
Pezão: Eu deveria ter procurado ele William, deveria mesmo - falou baixo.
Eu já ia responder, quando vimos a Drª chamando uma enfermeira pra ir lá no quarto do Matheus.
Fomos lá ver o que tava acontecendo, e pela graça de Deus, ele tava acordado.
E foi um risca faca de Pezão e Alicia, que só acabou quando Rato botou nos pra correr do quarto.
Alícia disse que não ia sair dali, Pezão voltou no morro pra tomar um banho, e eu liguei pra minha morena
WM: Oi amor, tá aonde?
Majo: Tô aqui no quarto da Miih
WM: E como ela tá?
Majo: Não tá muito bem não amor, vem cá por favor.
WM: Tá. Já já tô aí.
Fui lá na ala onde Michelle estava, cheguei no quarto e entrei.
Majo estava perto da parede em frente a cama, e Michelle estava sentada abraçada aos joelhos, olhando pro nada sem nem piscar.
Bem dark essa cena viu.
WM: Qual foi aí? - perguntei no ouvido da Majo
Majo: Ela tá assim a horas amor, só repete a palavrão Perdão e Pedro.
WM: Calma, vai dar tudo certo. Ela só passou por uma parada muito traumatizante. Eu acho que é normal reagir assim
Majo balançou a cabeça confirmando, e conversamos um pouco sobre o resto dos problemas atuais.
Sai do quarto pra ligar pro Pezão, pra ele vir ver Michelle. O Pedro que ela chama, é ele.
Mas, para minha surpresa quando falei pra ele vir, ele simplesmente respondeu: 'Nao vai dar não WM, fé aí.'
Eu não tô entendendo é mais nada viu.
...
Eu devo dizer que compreendo WM