Amores, perdão! Sei que estou em falta com vcs. Nathi me falou que não estava bem, e eu garanti que iria tomar conta de tudo até que ela melhorasse. Mas véspera de recesso no meu trabalho é maior correria, então não tive tempo nenhum. Então, desculpem mesmo!
Agora, vamos ao capítulo. Votem e comentem muito aí pra "nóis"!
Alicia..
Claro que tinha levado umas roupas para o Matheus. Até então eu não sabia que era ele. Meu Deus, eu ainda estou em estado de aceitação. Eu sei que temos muito pra conversar, eu realmente não concordo com esse estilo de vida que ele escolheu mas, Cara: É o Theus! Tem noção disso? É o meu Theus! Aquele que me deu meu primeiro beijo. Aquele que eu defendia. Lembro que ele nem respirava direito. Aliás, preciso lembrar de perguntar como está o problema respiratório dele.
Mas, preciso somente focar no agora.
Agora, eu preciso tirar ele daqui, porque não tô gostando nada do jeito que esse tenente tava olhando pra ele. E ele, do mesmo modo encarando de volta. Quando era novo não era assim viu. Ajudei ele se levantar, e lhe entreguei a troca de roupas.
Enfermeiro: aqui está os remédios que dei pra ele ontem Drª - me entregou uma folha- só precisa tomar em caso de dor
Alícia: obrigada - ele vinha saindo do banheiro - vamos?
Rato: Jaé! Tava ficando doido já aqui. Falou aí meus companheiros, até nunca mais - ele fez graça enquanto íamos saindo, mas parou ao lado do Tenente - quem sabe a gente não se tromba por aí não é, autoridade.
Tenente: Eu nao vejo a hora disso acontecer, talvez o próximo encontro tenha um fim diferente
Rato: Ah! Isso vc pode ter certeza
Alícia: Vamos embora logo - insisti porque não estava gostando daquela tensão.
Fomos caminhando pelos corredores em silêncio, escoltados pelo agente penitenciário. Quando chegamos do lado de fora do presídio, eu não aguentei. Abracei ele com força, já emocionada. Ele me abraçou também, mas talvez não com o mesmo fervor que eu.
Soltei o abraço e pus minhas mãos no seu rosto, eu precisava olhar bem pra aqueles olhos, ter certeza de que era ele. Ele me olhava de uma maneira estranha. Mas não me importava, eu tava feliz em rever meu amigo.
Alicia: eu ainda não acredito que é vc mesmo. Temos tanto pra conversar, quero saber o que vc fez esses anos, como foi sua vida, quero saber tudo. Mas onde vamos primeiro?
Rato: vc eu não sei, já eu vou pra minha casa.
Alícia: O quê? Não Theus, vamos a qualquer lugar conversar. Tem uma lanchonete boa lá no centro, lá podemos.. - ele nem esperou eu terminar
Rato: Vc não mudou muito, continua meio lesa. Mas eu vou ser paciente e responder novamente: Eu vou pra minha casa.
Por que ele tava me tratando assim?
Alícia: Matheus..
Rato: Para de falar esse nome! - falou um pouco mais forte
Alícia: mas é o seu nome
Rato: Não é mais! Tem muitos anos que não é mais. Ameix..Alicia, faz o seguinte, vamos conversar então, já que vc insiste tanto. Mas no caminho pra minha casa.
Alícia: Eu não voltar pra aquele morro! - olhei pra ele e percebi a besteira que eu tava dizendo - Desculpa! Não foi isso que quis dizer
Rato: Mas disse. E sabe o que mais? Foda-se! Vou de ônibus mesmo - tentou sair e eu segurei no seu braço o impedindo