7° Capítulo

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    Park Jisung

     Estava andando em silêncio com Chenle, ele parecia desconfortável com a falta de conversa, mas eu simplesmente não sabia o que deveria dizer. Então continuamos assim até ele avisar que chegamos.

     — É aqui. – Ele apontou para uma casa que parecia ser de classe média alta, com dois andares. Apesar de ser grande, era simples, mas muito bonita. – Vamos entrar.

    Chenle tirou as chaves do bolso da calça assim que paramos na porta. Destrancou e abriu, ele entrou primeiro e tirou o tênis, o trocando por um chinelo que estava em um armário ao lado da porta.

     — Troque seus tênis por esses chilenos, são do meu pai, mas acho que te servem. – Disse e me entrou o chinelo, sem dizer nada eu fiz o que ele pediu.

    — Seus pais não estão em casa? – perguntei tentando não transparecer minha curiosidade.

   — Eles estão trabalhando agora, minha mãe chega a tarde, provavelmente você ainda vai estar aqui. Meu pai só chega à noite. – Falou andando até a sala e eu o segui. – Vou arrumar alguma coisa pra gente comer enquanto fazemos o trabalho e já volto, pode ficar a vontade.

    Eu concordei com a cabeça e ele seguiu para o cômodo ao lado, que imaginei ser a cozinha. Aproveitando que ele não estava ali, resolvi dar uma olhada em tudo. Andei até a estante que fica a televisão, era enorme, quase ocupava a parede inteira.

     Nela havia várias decorações, alguns bichinhos de porcelana, plantas de plástico e retratos. Dei mais atenção aos retratos, tinham vários só de Chenle, o que me fez pensar que ele é filho único. Havia fotos dele com seus pais também, mas o que mais chamou minha atenção foi uma foto específica em que um homem, que parecia ser seu pai, estava com um uniforme de policial. Assim que o vi naquelas roupas me lembrei dele.

    Eu estaria enquencado se o pai de Chenle chegasse mais cedo, já que ele me pegou roubando algumas vezes. Provavelmente ele me reconheceria na hora.

    Tirando esses pensamento de minha cabeça, voltei a analisar o local, a sala é espaçosa, e um pouco escura, já que umas das paredes tem a cor azul escuro e as cortinas tem um tom marrom claro. O chão é quase todo coberto por um tapete também marrom claro, tem apenas um sofá grande e na cor cinza. No fundo da sala se encontram as escadas para o segundo andar. Me sentei no sofá macio e esperei por Chenle.

     — Hey, vamos subir. – Ele entrou na sala segurando um prato com sanduíches e um pacote de bolachas recheadas. Continuou andando até as escadas e eu fui atrás. – Eu fiz um suco também, mas depois volto para buscar.

     Subimos as escadas até chegar em um corredor com quatro portas, duas de cada lado. Entramos na primeira porta à esquerda.

    — Seu quarto é bonito. – Disse analisando o cômodo com uma cama de casal bem arrumada, um guarda-roupa branco com um espelho em uma das portas, todas as paredes em azul claro, uma mesinha de estudos com um notebook e pendurado no teto à cima da cama estavam várias estrelas de diferentes tamanhos.

    — Eu tenho bom gosto. – Chenle disse em tom de brincadeira.

    — E agora? – Perguntei depois de um tempo que ficamos parados em silêncio, ele parecia estar nervoso e tímido por eu estar ali. – Você tem alguma ideia de por onde começamos?

    — Ah, claro, temos que pesquisar tudo sobre plantas aeróbicas e fazer um resumo. – Disse largando os lanches em cima da mesa, pegando o notebook e se sentando na beirada da cama.

    — Você pesquisa e eu escrevo? – Perguntei e ele concordou, depois me chamou para sentar ao seu lado, batendo a mão no colchão. Me sentei e ele colocou o notebook que estava ligando no meu colo.

Garoto Problema - ChensungOnde histórias criam vida. Descubra agora