Minha Frentista de Cada Dia

Capítulo 14: Começará ou Acabará Aqui?

[AVISO: Ouçam a música Etham - Burning Lyrics (Stripped), para que possam sentir a intensidade.]

Que saudade dos meus queridos leitores...

Como vocês estão? Muitas novidades? Sentiram falta de MFDCD?

Obs: Eu avisei que assim que a fic chegasse a 20K haveria atualização tripla. Então, me aguardem.

[...]

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Tudo muda em um piscar de olhos. Literalmente.

Em um segundo podemos abrir os olhos e dar de cara com um carro, com um murro, com alguém ou com um sentimento. Ao fechar os olhos podemos dar de cara com apenas duas coisas: toques físicos ou psicológicos.

Socos ou carícias. Amor ou ódio. Cortes ou abraços. Felicidade ou vazio.

Independe dos toques, sejam eles físicos ou psicológicos; brutais ou divinos, todos deixam uma marca cravada em nossa memória.

Quais preenchem a maior parte do seu pensamento? Apenas reveja o que quer levar consigo.

[5°Pagina de Camila Cabello]

[...]

Olho para o pescoço na cor caramelo desprotegido de tecidos, pronto para ser tocado e provado. O que me faz querer tocá-lo? Ergo o meu olhar um pouco mais e analiso suas madeixas presas em um rabo de cavalo desleixado, evaporando o aroma de lavanda. Sem desviar o olhar, observo Camila virando o rosto e me encarando sob ombro com um pequeno sorriso indecente.

"Sonhos..."

Suspiro longamente e com delicadeza aperto o avental na cintura da minha querida Camila e o ajeito da melhor forma possível.

"Oh, meu coração. Você está aí?"

- Obrigado. - Agradece com o seu tom mais doce e educado.

Sem dizer uma palavra me afasto do seu calor corporal imensamente insano e prontamente me sento em uma das cadeiras da mesa de jantar, encarando a frentista cortando alguns tomates.

"Esta leveza que estou sentindo não faz parte do meu repertório. Onde estou?"

- Está mais quieta do que o habitual. - Observa ainda cortando os tomates. - O que está pensando?

Arqueio as sobrancelhas com a sua observação, curiosa.

- Estou me questionando o quanto você me conhece mesmo não me conhecendo. - Solto um pequeno riso. - Faz sentido?

- Por que não faria? - Rebate. - Eu realmente não te conheço, mas te reconheço. Faz sentido? - Questiona com um tom divertido.

- Faz. Faz todo o sentido. - Confirmo com o olhar vidrado nos movimentos da frentista. Olho para o seu braço que novamente está enfaixado e me questiono sobre a sua habilidade ao usar apenas uma mão. - Suponho que você já tenha enfaixado o braço antes. É intrigante sua agilidade com a mão esquerda. - Enrugo a testa à espera de uma resposta.

- E sua suposição está correta. - Termina de cortar os tomates e finalmente começa a preparar o nosso jantar. - Correta até demais.

Analiso com cuidado o corpo de Camila ficar completamente tenso. Seu tom... sua reação... é óbvio que estas memórias não lhe fazem bem. Seria arriscado demais lhe perguntar se... seu pai ter algo haver com isso?