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Sabe quando você fica muito louco num rolê e de repente você não sabe mais onde está e nem como chegou lá? Pois é, eu também não, mas imagino que tenha sido mais ou menos isso que aconteceu comigo

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Sabe quando você fica muito louco num rolê e de repente você não sabe mais onde está e nem como chegou lá? Pois é, eu também não, mas imagino que tenha sido mais ou menos isso que aconteceu comigo. Só que a única droga que tinha me enlouquecido era a droga da minha vida.

Eu sinceramente nem sei como cheguei em casa; Namjoon deve ter precisado de muita paciência pra me enfiar no avião de volta pra Paran. A última coisa de que eu me lembrava com clareza era do som da porta do quarto de Jimin ecoando pela casa; depois disso, tudo eram borrões coloridos difusos e sem sentido. Ao menos até agora.

— Não me segura, eu vou arrancar as bolas dele com o dente! — A voz de Taehyung ecoou no salão de desembarque, que por sorte encontrava-se milagrosamente vazio. Yoongi estava parado na frente dele, de braços abertos, separando-o de mim enquanto tentava argumentar em voz baixa. — JEON JUNGKOOK! — Ele berrou mais alto do que nunca, fazendo com que eu me encolhesse em vergonha. — POR QUE VOCÊ FUGIU SEM ME AVISAR?! — Ele continuava gritando, mesmo que eu já estivesse perto o suficiente para ouvi-lo falar. Minha vontade foi de cavar um buraco no chão e me enterrar ali mesmo.

— Yoongi, pelo amor de deus, fala pra ele parar! — Implorei quando cheguei perto o suficiente. Taehyung continuava berrando coisas ininteligíveis e eu tentei, sem sucesso, esconder o rosto com o capuz do moletom.

— Eu estou tentando! — Ele disse entredentes. — Não era nem pra ele ter vindo junto, ele me flagrou saindo de casa e eu não consegui inventar nada. — Estava ficando cada vez mais difícil para Yoongi segurá-lo, e eu estava me sentindo muito tentado a dizer para ele soltá-lo, porque eu bem que estava merecendo umas porradas, quando Yoongi repentinamente se virou, segurou Taehyung pelos dois braços e o beijou.

Eca.

Eu preferia não ter presenciado isso.

— Ter apanhado doeria menos. — Comentei, fingindo que ia vomitar e caindo na risada logo em seguida.

— Nem pense... — Taehyung parou, com o dedo apontado para mim, respirando fundo. Parecia que ele também ainda não tinha se acostumado a ser beijado pelo Yoongi, afinal. — ... que eu te perdoei. — Ele completou, após uma pequena pausa.

— É, o Jimin também não... — Comentei, sem pensar. Me arrependi instantaneamente do que tinha dito ao perceber as expressões de constrangimento e pena que tomaram as feições do meu irmão e o meu melhor amigo. Não queria que eles, de todas as pessoas, me olhassem daquela forma. — Fazer o que, é a vida, né? — Tentei parecer displicente, mas dúvido que tenha funcionado de verdade. Pelo menos menos eles tiveram a sensibilidade de fingir que funcionou.

O caminho de volta pro castelo foi um pouco constrangedor. Nós voltamos no Jeep do Yoongi, com meu irmão e Taehyung nos bancos da frente e eu fiquei sozinho, no banco de trás. O silêncio era meio incomodo e eu podia sentir que os dois queriam me perguntar como havia sido em Seul, mas tinham medo de falar alguma coisa.

Contos das Ilhas Paran | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora