Osamu Dazai, detetive da Agência de Detetives Armados recebe uma mensagem que o deixa em desespero; seu ex-colega da Máfia, Chuuya Nakahara foi sequestrado, e Dazai tem 72 horas para resolver esse mistério, ou seu parceiro morrerá.
Quem seria capaz...
Abrindo a porta, seu apartamento se mantinha bagunçado, do jeito que ele havia deixado quando saiu.
-| Não ligue para a bagunça... Sai de casa tão atordoado que mal tive tempo de pensar -Dazai comenta, deixando seus sapatos na entrada e seu casaco em um cabideiro que havia próximo à porta de entrada-
-| Oh... Não se preocupe com isso -Atsushi entra timidamente, retirando seus sapatos e os deixando próximos aos do moreno, que se encontravam no carpete de entrada. Ele
coloca
as compras em um pequeno móvel que estava próximo-
A decoração do apartamento não era das mais deslumbrantes ou até a mais cara, acho que a palavra certa para defini-la seria... aconchegante. Sofá de forro bege com um tapete em tom marrom escuro recebiam o grisalho na entrada, algumas plantas se encontravam dispersas sob algumas prateleiras de uma estante em carvalho escuro. Nas paredes, quadros com gravuras distintas e fotografias enfeitavam os corredores até alguns outros cômodos. Enquanto Dazai entrava em uma sala e permanecia lá, Atsushi ficou observando essas fotografias. Algumas pareciam um tanto recentes; fotos de Dazai com a Agência toda, fotos de Dazai com Chuuya, onde o mesmo trabalhara anteriormente e algumas fotos de um gato malhado. Quando Atsushi estava quase que ao final do corredor, uma foto antiga lhe chamou atenção; Dazai estava em um bar rústico, ataduras no rosto e nos braços e uma roupa escura, muito diferente da que veste atualmente, do seu lado direito estava um rapaz de cabelos avermelhados, o mesmo segurava uma bebida que Atsushi não reconhecia e, ao seu lado, estava um rapaz moreno, com grandes óculos em seu rosto e uma feição um tanto cansada.
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-| Não sabia que Dazai possuía tantos amigos assim... -Atsushi fala quase que em um sussurro, a fim de trazer esses pensamentos apenas para si.-
-| Como assim? -Dazai vai para o lado de Atsushi, o mesmo segurava um laptop.-
Assustado Atsushi vai para trás, chocando suas costas contra a parede com a presença inesperada de Dazai.
-| Não faça corpo mole -Dazai olha para o seu celular e vê o horário; 15:07. O mesmo empalidece-
-| Algum problema, Dazai-san? -O grisalho se levanta, observando o moreno.-
-| Já é de tarde e não tenho sequer uma pista de quem pode ter raptado Chuuya... Precisamos agir logo!
Assim que Dazai diz isso ambos se direcionam para a sala, se sentando no sofá e ligando o laptop. Assim que o liga, a aba para colocar a senha se abre. Atsushi observa atentamente os movimentos de Dazai...
-| Irá me observar como se eu fosse um prato de comida?
Atsushi acorda de seu "transe", observando Dazai atentamente.
-| N-não era minha intenção agir assim! -Atsushi desvia seu olhar-
Dazai não sorri. Não demonstra qualquer emoção diante do computador. O moreno digita a senha do seu laptop; incorreta.
-| Impossível... -Dazai arregala seus olhos, sentindo sua cabeça girar-
-| O que houve?! -Atsushi olha para a tela do aparelho- Esqueceu sua senha?!
-| Fui hackeado... Meus dados não estão indo... Mas quem saberia que eu tinha esse laptop...
O moreno se levanta bruscamente, andando em direção ao seu quarto, bagunçando e derrubando tudo que estava em seu campo de visão. Atsushi para na porta, segurando o batente.
-| Acha que podem estar te vigiando?! -O grisalho se junta ao moreno, procurando algum indício de... Qualquer coisa que possa lhes dar uma luz-
-| Os únicos que possuem essas informações são as pessoas da Agência. Impossível terem vindo aqui...
Dazai sobe em sua cama e observa sua lâmpada, havia algo estranho com ela ao notar que um forte cheiro de canela pairava no ar. Desrosqueando a mesma, ele a observa juntamente com Atsushi.
-| É... Um incenso pequeno. Não sabia que gostava de perfumar seu quarto, Dazai-san.
-| Ai é que está Atsushi... Eu não gosto. Não sei como deixei passar despercebido pela manhã esse cheiro.
Ambos se direcionam para a mesa central que havia na sala de estar, colocando o "incenso" na mesa. Dazai rapidamente pega um conjunto de ferramentas para tentar abrir o objeto. Após pegar um pequena chave de fenda e abri-lo, notava-se muita fiação e uma escuta em seu interior.
-| Nossa... -Atsushi observa o aparelho, perplexo-
-| Aparentemente -Dazai comenta, ironicamente- devemos duvidar até dos aromas que sentimos.
Dazai segura a escuta entre seu dedo indicador e o polegar, amassando e destruindo a mesma em segundos. O moreno observa atentamente o aparelho, vendo as fiações e mecanismos.
-| Bom... Surpreendentemente falando, são aparelhos da Máfia.
-| Como sabe que é?! -Atsushi olha Dazai, intrigado-
-|Eu... Investiguei lá durante anos, e mesmo não estando mais no caso deles, sei de tudo que acontece lá -Dazai apoia suas costas no encosto do sofá, suspirando pesadamente - e sei exatamente quem pode ter feito esse dispositivo.
