Osamu Dazai, detetive da Agência de Detetives Armados recebe uma mensagem que o deixa em desespero; seu ex-colega da Máfia, Chuuya Nakahara foi sequestrado, e Dazai tem 72 horas para resolver esse mistério, ou seu parceiro morrerá.
Quem seria capaz...
Saindo as pressas da Agência, Dazai caminha pelas ruas tentando relembrar da noite passada; alguma pista, alguma lembrança, algo que o próprio Chuuya disse... Apenas o vazio vinha em sua mente... Mas por que?
-| Dazai-san! Espere! -O grisalho corria na direção do moreno, enquanto o loiro apenas caminhava na direção deles- Você não deve ir sozinho! Iremos te acompanhar.
-| Não acho que seja necessário. -Dazai coloca sua mão sob a cabeça de Atsushi-
-| Por que essa relutância para irmos com você? -Kunikida cruza os braços, olhando fixamente para Dazai-
-| Apenas não achei necessário três pessoas irem investigar um simples desaparecimento, eu iria averiguar a cena do crime e enviaria as provas para vocês, seria mais cômodo, não? -Dazai sorri, lançando um olhar furtivo para Kunikida-
Atsushi encarava os dois, não entendendo esses olhares que ambos lançavam. Kunikida suspira pesadamente e fecha seus olhos, arrumando seus óculos em seu rosto.
-| Dazai está... Certo. Seria muito tumulto por um simples desaparecimento, faremos... A seu modo.
-| Atsushi, eu ouvi direito?! -O moreno de aproxima do grisalho, segurando seus ombros por trás.- Finalmente o Kunikida-kun concordou comigo! Acho que alguém está perdendo o título de inflexível!
-| Tsc... Vá logo pegar as pistas antes que eu te mate. -Kunikida arruma os óculos e serra os punhos, se virando e fazendo o caminho de volta para a agência-
Atsushi observa Kunikida se distanciar a passos fortes, se virando para Dazai e o cumprimentando rapidamente antes de seguir o mesmo caminho que o loiro. Dazai começou a andar em direção ao bar, colocando suas mãos em seus bolsos e olhando fixamente para um ponto aleatório no céu;
-| O que será que eu fiz? Ou melhor, o que eu não fiz? -O moreno começa a falar consigo mesmo, forçando constantemente sua memória para buscar alguma lembrança qualquer da noite passada.-
Andando por mais 3 quarteirões, Dazai entra em uma rua pouco movimentada, onde muitas pessoas de classe média/baixa viviam. Não era bem cuidada fazia tempo; muros pichados, encanamento solto, dentre outros fatores degradantes que fariam qualquer pessoa com o mínimo de senso evitar aquele lugar.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Andando um pouco mais, ele se dirige até uma porta de carvalho escuro, a mesma possuía alguns adornos esculpidos em si, retratando uma peça do século VIII. Sua decoração externa era bem trabalhada, vasos com algumas flores e janelas com cortinas vermelhas. Ao abrir a porta do estabelecimento, notava-se um enorme balcão de madeira entalhada, com alguns descansos para copos e copos de bebida, alguns bancos com forros em veludo vermelho e luzes aparentemente fracas, dando um ar de aconchego ao lugar. Enquanto o moreno se direcionava até o balcão, uma silhueta lhe chamou a atenção.
-| Olá presidente... Desculpe incomodar seu descanso. -Dazai anda até um banco onde um gato com com pelagem em tons de marrom, preto e branco lhe observava. O gato ronrona com sua presença e se dirige ao banco ao lado, se acomodando próximo do rapaz-
-| Dazai, estava ao seu aguardo.
Ao ouvir a voz, Dazai arruma sua postura e observa o rapaz moreno, alto e bem vestido que se encontrava atrás do mesmo.
-| Deve ser o proprietário do estabelecimento, creio eu -O moreno sorri sutilmente para o rapaz-
-| Sim, bem, só queria lhe receber para que comece suas investigações. Se precisar de algo, estarei na sala dos funcionários. -O dono do local se dirige para uma sala ao final do corredor, deixando-a entreaberta-
Dazai volta sua atenção para onde ele sempre se senta, aparentemente nada foi retirado do local, tudo parecia estar como na noite anterior. Olhando bem o balcão, havia um copo de uísque inacabado, juntamente com um guardanapo amassado; ao abrir, não havia nada além de marcas de batom.
-| Batom...? De onde isso veio? Se ao menos eu me lembrasse...
O moreno guarda o guardanapo em seu bolso e volta sua atenção para o chão. Haviam algumas gotas de bebida alcoólica e, ao se abaixar para averiguar, notou logo o que era.
-| Saquê de morango... -Um vislumbre da noite passada corre pela mente de Dazai- Chuuya...
Chuuya era o único que Dazai conhecia que gostava de bebidas um tanto "tropicais". Seguindo até o canto do bar, havia um sofá em formato oval e uma mesa de bilhar ao centro, algumas bolas ainda estavam encaçapadas e ainda haviam alguns tacos sob a mesa. Em uma vago "flashback", Dazai se lembra de ver por relance, dois rapazes jogando sinuca, enquanto ele e Chuuya estavam conversando normalmente no balcão do bar. Ao lembrar disso, vai em direção a sala dos funcionários, passando pelo corredor, onde ficavam os toaletes e uma porta de emergência. Segurando na maçaneta e batendo na porta levemente, ouviu o rapaz lá dentro lhe dar permissão para entrar.
-| Encontrou alguma coisa em sua investigação? -O dono lança um olhar curioso para Dazai-
