Após roubar algumas moedas de uma fonte de desejo, Dahlia acorda com sua vida totalmente diferente e descobre que está vivendo os desejos de outras pessoas. E a menina que nunca acreditou em nada extraordinário, está vivendo a coisa mais extraordiná...
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O que é família? O que é amor? O que significa casamento?
O que é o sentimento de ter borboletas no estômago? E o que é a sensação de ter uma eletricidade correndo por suas veias toda vez que você sente aquele toque?
O que é que você sente quando é abraçada por alguém que você compartilha uma conexão tão forte?
O que é lar?
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— Obrigada por acreditar em mim, Liz.
Digo quando piso meus pés no piso do corredor, já me retirando completamente do apartamento após me despedir umas vinte vezes. Finalmente resolvi que era hora de ir embora e ir consertar a minha vida de uma vez por todas. Mas o pensamento de "quero mesmo isso?" não sai da minha cabeça nem por um segundo.
— Se precisar de mais alguma coisa, sabe aonde me encontrar.
Ela diz, como sempre muito solidária. Me pergunto agora aonde Anthony deve estar, ele é uma figura tão presente na minha vida que passar dois dias sem vê-lo parece uma eternidade. Mas não pergunto, é melhor mesmo deixá-lo fora disso, até porque ele não é o tipo de pessoa que iria acreditar numa loucura dessas.
Damon apenas assente enquanto se encosta no sofá e Patrick também sai do apartamento após usar o banheiro.
— Foi um prazer conhecê-la, Liz, Dahlia falou muito de você.
— Foi um prazer também — ela diz em voz alta mas assim que ele se vira, ela sussurra "é lindo demais" movimentando os lábios enquanto olha para mim.
Não posso evitar uma risada, me aproximo da porta novamente e a puxo para um abraço. Um abraço que eu estava sentindo falta. O corpo de Liz sempre fora minha casa, desde que nossos pais se foram. Ela se tornou meu porto seguro. O que eu nunca imaginei que fosse possível de acontecer.
— Eu te vejo em breve, ok? — questiono baixinho e a sinto balançar a cabeça concordando.
— Boa sorte.
Me desvencilho dela e me viro, aos poucos me afastando da porta, a olho uma última vez antes dela fechá-la, e me encontro com Patrick ao lado da escada.
Não consigo olhar para ele, mas ao mesmo tempo quero aproveitar os últimos momentos admirando o rosto lindo que ele tem. Ele me direciona um sorriso meio triste quando começa a descer os degraus e eu o retribuo sem muita vontade. As próximas horas serão difíceis e eu ainda não consegui encontrar as palavras certas para dizer a ele. Não sou boa com despedidas, algo me diz que ele também não. Eu devia estar feliz por ter encontrado as moedas. Porém, ao mesmo tempo que Patrick fez essa experiência ser mais fácil, ele também a tornou mais difícil.
