n/a: já aviso que esse é grandão!
A ideia veio da brilhante klayleydiaries obrigada pela sugestão, e espero que você goste! ♥️
sinopse: na 4° temporada, após Klaus ser resgatado, ele se aproxima cada vez mais de Hayley. Elijah sente o distanciamento. Klaus toma uma decisão.
⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️
Um olho por vez.
Klaus enxergou Freya, Hayley, e mais atrás, estava Elijah.
As correntes não o prendiam mais pelos pulsos e o feitiço estava quebrado, graças à força vital da híbrida.
Ele ergueu-se para olhar a família um pouco mais de perto, questionando a imagem que via. Os três pares de olhos observavam-o atentamente. Pensou estar delirando, até que sentiu o toque dela.
"Você está bem" Hayley impulsivamente jogou-se nos braços de Klaus, abraçando-o forte "finalmente" ele abraçou-a de volta, ainda no chão, passando um de seus braços ao redor dela.
Sentiu o cheiro conhecido do perfume dela. A vibração de seu corpo. A respiração dela batendo contra a curva de seu pescoço.
Porém, durou pouco. Freya ajudou o irmão a erguer-se enquanto arrastavam-se para fora para encontrarem o resto da família.
"Hayley?" Elijah chamou-a, enquanto Freya estava alguns metros na frente com Klaus.
Hayley chacoalhou a cabeça, apressando-se para alcançar a bruxa e o híbrido.
"Agora não, Elijah" e deixou-o para trás.Um mês após o seu retorno, Klaus Mikaelson ainda não conseguia sentir-se confortável na grande casa branca no meio da floresta. Sentia falta de New Orleans. Da música, das pessoas, do lar.
Saiu de seus devaneios ainda sentado na escada da varanda ao ouvir a voz de Hayley, chamando pelo nome da filha.
"Hope? Já passou da sua hora de dormir" ela chamou da porta.
"Mas eu queria pintar vagalumes, mamãe!" ela apontou, no escuro "eles estão em todos os lugares hoje à noite"
"Vamos lá, Hope" Klaus pediu "você pode terminar amanhã" a garotinha hesitou, fazendo a menção de fazer um bico.
Mas desistiu, obedecendo e entrando.
Recebeu um beijo no topo da cabeça da mãe.
"Tia Rebekah vai te colocar para dormir" apertou a bochecha da filha "amo você"
"Amo vocês" Hope entrou na casa, deixando os pais para trás.
"Ninguém me disse que criar uma criança de sete anos seria tão difícil" Hayley comentou, dando passos até Klaus. Ele riu.
Ela pegou a sacola de papel de cima da cadeira de balanço, ouvindo um riso vindo dele.
"Ainda não entendo como ela não veio com um manual" ele retornou, enquanto Hayley sentava-se no degrau de cima, juntando-se a ele.
"Puxou ao pai" ela deu de ombros, humorada "e mesmo que você não venha com manual, eu percebi que você não tem relaxado desde que chegou" ela abriu a sacola, puxando uma garrafa para fora "então eu comprei algo para te ajudar" ela entregou a garrafa de vinho tinto para ele.
Ele sorriu, surpreso.
"Não é nada perto das garrafas que você costumava ter em NOLA. Na verdade, é o vinho mais barato que você pode imaginar" ela gargalhou, dando de ombros "mas é o que você encontra aqui no meio do nada" ele encarou-a, umedecendo os lábios.
"Isso é.." ele procurou palavras, mas todas as que vieram a sua mente eram pra descrever a mulher em sua frente, e não o vinho ótimo" ele pigarreou, retirando a rolha da garrafa sem dificuldade.
Bebeu um gole longo direto da boca de vidro, sentindo o líquido esquentar sua garganta. Sorriu, esticando a garrafa para Hayley, que imitou-o, bebendo.
"Nada mal" ela comentou.
Ficaram um tempo em silêncio, apenas acompanhando-se.
No céu, a lua cheia brilhava.
"Você se lembra da primeira vez que virou loba?" ele quebrou o silêncio, olhos vidrados na lua.
Hayley ajeitou-se no degrau, brincando com a barra de sua blusa por um momento antes de responder."Foi sem querer, eu juro!" Hayley, aos seus 14 anos, chorava sem parar enquanto seus pulsos e tornozelos eram amarrados por cordas secas.
"O que diabos você é?" Georgia, dona do lar adotivo, questionava-se. Seus vizinhos terminavam de amarrar a garota.
A mulher de meia idade observava o marido morto no chão em uma poça de sangue. Não se importava. Pensou no seguro financeiro que receberia.
"Por que você teve que fazer isso, Hayley?" a mulher ergueu o telefone até o ouvido, discando para a polícia.
"Ele..." ela choramingou "ele tentou me tocar e.." ela continuou aos prantos "eu me defendi" ela sentia a corda queimar sua pele "eu sinto muito"
Pensou que voltaria para o orfanato e se desesperou. Por mais que odiasse o lar temporário, odiava o orfanato ainda mais.
A calada da noite chegou. A lua cheia lá fora atingia seu auge.
Hayley sentiu uma pontada. E outra. E mais uma.
Dobrou-se em dor, e após mais um grito, sentia suas unhas saírem para fora de seu corpo, tornando-se garras afiadas.
Os pelos emergiram por todo o seu corpo e mais um osso de seu corpo quebrava-se, junto com mais um grito agudo e o olhar aterrorizado das pessoas presentes.
Seus olhos, agora animalescos, radiaram em um tom alaranjado.
As cordas arrebentaram-se.