IX

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Luxúria. O terceiro pecado capital, também considerado por muitos como o pior.

Se você comete o pecado da luxúria,

você acaba cometendo junto praticamente todos os outros pecados capitais.

Mas apesar de o pecado mais mortal e imperdoável.

É também o melhor pecado para se cometer.

Então se se você for para o inferno.

Cometa a luxúria antes, apenas para saber como é o céu.

Mesmo que por pouco tempo.

~*~


~*~ Dias Atuais ~*~

— O que você quer? — Perguntei desanimado.

— Temos que conversar sério sobre você e a Mari.

— Não existe eu e a Mari pra ter o que conversar. — Fui para o banheiro me trocar. Eu não queria falar sobre isso, ainda mais com Félix.

— Nem tente, eu conheço você e conheço ainda mais ela. Sei que tá acontecendo alguma coisa, — não respondi até sair do banheiro e me jogar na cama. Sempre foi difícil esconder as coisas dele, mas se nem a Mari tinha contado não era eu quem ia fazer isso.

— Eu tenho uma noiva, o que eu e a Marinette tivemos ficou no passado. — Disse simplesmente, ele soltou um suspiro pesado.

— E ficar se agarrando na cozinha faz parte desse passado? — Nem mesmo mudar o tom da voz ele mudava e isso era tão irritante.

— Nós temos uma aposta, mas é só isso. Eu vou me casar em dois meses e você sabe muito bem disso. — Dei de ombros.

— E de qual das duas você gosta?

— O que? — Não devia ser óbvio de quem eu gostava? O que ele queria?

— De qual das duas você gosta? — Agora ele mudou o tom, ficou um pouco mais irônico.

— Da minha noiva! Por qual outra razão eu me casaria com ela? — Me levantei e parei de frente para ele um tanto irritado. Não sabia o que ele queria, mas não era coisa boa.

— E o que você sente pela Mari? O que você sente de verdade por ela Adrien?

— Eu... Às vezes eu sinto como se a amasse mais que a mim mesmo, — acabei soltando, talvez precisasse desabafar, — mas acho que de verdade, é como se nós estivéssemos em caminhos paralelos. Sempre ao lado mas como se eu nunca a pudesse alcançar. — Me joguei na cadeira do computador ao lado do meu irmão. — Outras vezes sinto como se a odiasse.

— Adrien... — Ele tentou interromper mas eu já não queria parar de falar.

— Nesses momentos parece que somos inimigos, que tudo o que passamos só fez com que eu tivesse esse sentimento, — continuei mesmo com ele nem olhando para mim, — esse rancor por ela ter ido embora e me largado aqui. A nossa mãe prometeu que nunca nos deixaria e ela se foi, a outra única pessoa em que eu confiei quando me fez essa promessa me deixou aqui como se eu não importasse. Acho que isso é mais forte que qualquer outro sentimento que eu tenha por ela. Esse rancor que se transformou numa espécie de ódio.

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