XXXI

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E eu a seguiria em qualquer situação, mas aquele sorriso de canto e o resquício negro em seus olhos azuis me fizeram levantar e segui-la quase que por reflexo.

~*~

 O caminho até o final do corredor, onde Brigh apontou que ficavam os quartos, não era exatamente grande, mesmo assim pareceu durar uma eternidade enquanto seguíamos em total silêncio.

Marinette entrou pelo quarto e seguiu direto para o banheiro, esperei em frente a porta, não sabia bem como reagir, havia tanto que precisávamos conversar, tanto que eu queria dizer e mesmo assim parecia que as palavras escondem-se cada vez mais para dentro de mim.

Então ela saiu do banheiro e todo o resto desapareceu. Caminhou calmamente até mim, sua pele branca reluzindo na luz amarelada do local, ela encarava meus olhos e eu? Por mais que tentasse voltar minha atenção para os seus, não podia desviar a atenção de suas curvas expostas.

Segurou minhas mãos suavemente e selou nossos lábios por um breve momento, me senti despido de corpo e alma, ansioso por um momento a sós com ela depois de tudo o que passamos.

Me aproximei dela devagar, toquei seus dedos e deslize levemente minhas mãos por seus braços nus.

— Você pareceu surpresa por eu ter vindo….

— Eu queria acreditar, queria ter certeza que Fu, Tikki, e os outros, sempre tiveram razão…

— Que havíamos sido feitos um para o outro? — A cortei, ela tirou os olhos de minhas mãos e me encarou profundamente.

— Não, — levantei as sobrancelhas, — isso eu sempre soube. Como acha que tive coragem de ir morar do outro lado do Canal da Mancha? — Meneei a cabeça, confuso e ela segurou meu rosto com uma das mãos. — Eu só tive coragem de vir para a Inglaterra Adrien, pois sabia que havíamos, mesmo, sido feitos um para o outro. Nunca duvidei disso… Mas saber que você não me deixaria, agora, depois de tudo o que aconteceu…

— Nunca fui eu quem te deixou… Sempre foi você quem foi embora.  — Ela sorriu de canto.

— Foi você quem decidiu “esconder” a chantagem. — Acusou retirando a mão do meu rosto e eu pude sentir o local esfriar aos poucos.

— Eu queria te proteger.  — Respondi baixo, segurando sua mão e levando-a de volta ao meu rosto. A segurando ali, em busca de ter seu calor de volta. — Você sempre me protegeu, de todas as maneiras que puder imaginar, pensei que pela primeira vez poderia ser eu a fazer isso.

— Gatinho bobo, — respondeu sorrindo, acariciando meu rosto, — foi você quem sempre me manteve de pé… Sempre esteve ali para mim.

Ela puxou meu rosto e eu soube o que ela queria, aproximei o meu do dela e Marinette selou levemente nossos lábios.

— Mas, nunca, nunca mais mesmo, esconda algo assim de mim ou tente decidir o que seria melhor para o meu futuro sem me consultar antes, Agreste. — Sussurrou contra meus lábios. — Ou toda a ira que eu senti imaginando você e Filomena e tudo o mais, desde que eu voltei para a Inglaterra, toda essa raiva vai recair sobre você da próxima vez.

— Eu juro, como o bom gatinho domesticado que eu sou, que nunca mais isso se repetirá. —  Senti seu sorriso contra meus lábios, segurei forte em sua cintura e a virei, prensando-a contra a parede e selando nossos lábios com voracidade. O banho poderia esperar.

— Eu te amo, — Mari arfou entre beijos.

— Sim, eu sei que você me ama. — afirmei com um sorriso convencido. Ela levantou a sobrancelha e eu soltei uma risada, — também te amo. — Afirmei voltando a beijá-la.

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