VII

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O choque foi tão grande que eu travei em frente a porta do banheiro, tenho certeza que arregalei um pouco os olhos também. Olha eu sei que o Capiroto tá tentando me vender um bom lote nas terras dele, mas tudo tem limite! E aquilo, com certeza era passar dos limites.

Deitada na minha cama Marinette estava trajada de Chat Noir. Bom, não exatamente de Chat, mas dava pra ver as referências.

Olhei de cima a baixo e me foi faltando ar. Ela estava como nunca antes e acho que pela primeira vez perdi não só quase toda minha razão como também os sentidos!

As únicas roupas que lhe cobriam o corpo eram suas longas botas pretas que por sinal deram um charme magnífico e sexy, segui então o olhar pelo contorno de suas pernas, apreciando cada curva de suas belas e suaves pernas.

As coxas grossas e atraentes era onde findava as botas, a esse ponto o ar já me faltava. Continuei o olhar até seu collant que deixava seus braços nus e nada mais tinha como adorno além do guizo dourado em seu pescoço. Vi seu cinto que virava rabo, com o qual brincava uma das mãos calçadas em pequenas luvas.

O oceano azulado que era seu cabelo estava solto, com as ondas escorrendo até abaixo dos seios. Fielmente colocadas estavam as orelhas de gato, deixando ainda mais sexy que eu julgava ser possível, toda roupa em couro, toda roupa em preto. Seus olhos azuis me observavam de forma atenta e sensual e em seus lábios rubros brincava um sorriso de canto.

Eu já não questionava mais o certo e o errado, eu já não me importava mais com isso. A queria, a desejava como nunca antes desejei alguém.

Marinette se mostrou uma verdadeira felina, mas se tivesse que classificar não a colocaria como gata. Ela na verdade se mostrou uma pantera, pronta para me devorar e eu como sua presa não podia estar mais confuso e ansioso. Assim que viu minha reação ela soltou uma risada viciante.

— Adoro quando te deixo sem palavras, sabia?

— O que é isso? O que você? Mari isso é jogo sujo!

— O que é isso? — Ela falou passando a mão pelo corpo —Isso sou eu. E faz muito tempo que eu não jogo limpo...

— Depois de tantos anos, "isso" , — apontei para ela, —agora? — Ela se levantou e começou a vir em minha direção.

— Sabe, a alguns anos atrás um certo gato de rua, se autodenominava por Chat Noir! Conhece? Enfim, ele me fazia muitas visitas noturnas. E em todas, ele tentava me seduzir, literalmente me levar a loucura. Eu apenas acho, que está na hora de retribuir.

Como se tivesse calculado ela chegou na minha frente no exato momento em que terminou de falar. Deu uma volta em torno de mim, me medindo de cima a baixo e parou de frente para mim com a porra daquele sorriso. Colou os lábios no meu ouvido e falou com uma voz sexy.

— E então "Chat"? Estou fazendo um bom trabalho?

Puxei ela pela cintura e juntei seus lábios nos meus, num beijo que já iniciei profundo. Ela me provocou o dia todo e agora todo o desejo afluía de uma só vez, me tomando por completo.

De maneira furtiva ela passou as mãos pelo meu corpo e as levou a minha calça, por um instante pensei que ela a tiraria. Ao invés disso ela ainda sem tirar a boca da minha me puxou pela peça de roupa e me jogou bruscamente na cama. Sentou em cima de mim e colocou o indicador no meu nariz.

— Se você ousar levantar dessa cama, eu saio por aquela porta e você nunca mais vai ter a chance de me ver assim! Você entendeu? — Eu fiz a única coisa que pude, balancei minha cabeça afirmativamente e a vi sorrir satisfeita. — Bom garoto.

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