Cap.7

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    Acordei aos prantos após meu terrível pesadelo. Demorei horas na cama, porém tomei uma dose de coragem e sai da cama.

    Fiz minhas necessidades e escolhi novamente  não fazer minha maquiagem. Me olhei no espelho e me assustei com as bolsas que havia ficado debaixo de meus olhos.

   Pensei várias vezes em colocar maquiagem, com a intenção de  não parecer que acordei várias vezes de madrugada para guardas os cacos de vidros da noite passada.Achei melhor não usar, porque era exatamente isso que eu não deveria fazer, ou seja,  fingir ser alguém que não sou.

   Desci as escadas velhas de madeira. O barulho me fez lembrar das minhas corridas com a minha mãe. Muitas vezes nós fazíamos uma brincadeira quando chegávamos em casa.

Ganhava quem chegava primeiro no topo da escada.Uma lágrima quente desceu, e rapidamente tentei apagar com a manga de meu casaco. Meu pai já estava sofrendo demais, não posso ser um peso. Mais um.

   Para minha surpresa ele não estava na cozinha. Consegui me lembrar que dias de terça ele costuma  trabalhar muito cedo.

   Fui correndo para a frente da minha casa, pois assim não perderia o ônibus escolar.

   Olhei no meu relógio e  percebi, já havia perdido o ônibus escolar.Sem escolhas, acabei indo para a escola andando. Por mais que eu ame observar a natureza, não gosto de andar.

   Entrei no colégio e Melissa estava na porta do ensino médio. Ela falava sem parar com um amigo.

Assim que Melissa me viu, virou para falar comigo:

- Oii, como você está?

- Bem. Sobre o quê vocês estavam falando?

- Sobre faculdades, já decidiu em qual você quer entrar?

Já havia decidido, mas estava entre a que eu queria e a qual minha mãe queria.

- Não sei. Quero dizer... estamos no segundo ano do ensino médio, temos bastante tempo para resolver.

  Eles se entreolharam. Os dois são bastantes inteligentes e calculistas, ou seja, estavam me julgando através dos códigos de CDF.

- Que legal...- Ele disse sem saber o quê falar. - Inclusive, meu nome é Heitor.

- Prazer, meu nome é Rebeka.

- Já vou indo. - Ele disse dando um abraço ele Melissa.

Assim que ele saiu, eu disse:

-Hmm...- Fiz um cara maliciosa - Parece que alguém tem uma queda.

- Q-queda? foi só um abraço. - Ela ficou nervosa e sua bochecha corou.

- Sei...
_________Intervalo____________________

- Oi, gatinha - Escutei Yan falar.

Como sou curiosa, virei discretamente

- Oi, meu amor - Rachel sussurrou.

  Como pôde?

- Hoje a noite, você vai lá em casa ou não? - Rachel pergunta.

- Não vou poder, tenho um compromisso.

   Saí de perto dos dois e peguei minha bandeja de comida. Sentei sozinha e fiquei enrolando para comer a comida.

  Alguém perguntou se podia sentar perto de mim. Não cheguei a olhar para cima, apenas concordei com a cabeça.

   Era o Lucca Castille. Ele me observa atentamente e fiquei muito constrangida:

A cada veiaOnde histórias criam vida. Descubra agora