XXIV.

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Senta um pouco,

Pois precisamos conversar,

Mas sem exageros ou dramas,

Deixa eu te contar uma coisa pequena,

Eu tive receio de deixar você entrar,

Igual  pra você a estrada deixar.


Eu não queria e não quero arrumar o que você pode revirar,

Não preciso que me faça completa,

Porque completa eu sempre fui,

E quando você percebesse que por amor eu não ia morrer,

Talvez achasse que me importo pouco com você,

Mas a muito tempo eu tive que aprender a não depender.


Então eu não ia saber o que te dizer,

Ou quais ações fazer,

Eu sou inteira, mas a minha maneira,

E mesmo que eu viva à beira de cair,

É onde me sinto  viva,

Brincando com minha vida.


Não consigo ser controlada,

Mas até posso ser amada,

O tempo que levei pra gostar de você,

E você ainda ta aí,

Acho que entende meu passado comparado ao presente,

Eu não sou um pássaro que vai pra gaiola,

Minha alma é tão grande quanto o céu que nos rodeia.


Porque eu te entendo quando não está bem,

Eu posso ser meiga e amar pra caramba,

Mas posso ser distante e inconsequente,

Se inverter o que digo e pensar o que bem entender,

Estou verdadeiramente presente,

Mas e sua mente, está aqui ou ausente?


Porque minha vida é um mar,

E estou aprendendo a nadar sozinha,

Antes eu me deixaria afogar,

Mas quero ver que mistério vou encontrar.




Estranhos no a(mar). (poesia)Onde histórias criam vida. Descubra agora