XII.

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E era sozinha no passado,

Não tinha apego ao mundo,

Pensei em abandonar o que chamam de lar,

Me sentia um peixe fora d'água,

Não conseguia nem chorar,

Era como se o deserto vivesse em meus olhos,

Tempos de mar nada calmo.


Não queria nem cogitar um dia se apaixonar,

Mas quando lembro desse passado,

Penso também em escrever pra mim e falar que tudo ia melhorar,

Conheceria alguém e eventualmente o amor iria chegar.


Mas o medo que eu tinha me afastaria de você,

Se fosse no passado te conhecer,

Eu talvez o deixasse em pedaços,

Acho que nada é sempre por acaso,

Acho que tinha que ser assim mesmo,

Um novo tempo onde já não tenho mais medo,

E consigo amar do meu jeito.


Posso ser teu farol quando a escuridão te achar,

Prometo tentar não deixar te alcançar,

Vem cá, pode confiar,

De solidão eu entendo,

E vou te afastar dela,

Então vem e se entrega,

Eu sou teu mar e vou ficar.

Estranhos no a(mar). (poesia)Onde histórias criam vida. Descubra agora