Ao Seu Lado

🌿Capítulo Cinco🌿

~Cinco dias depois

A semana passou rapidamente, Jhenifer e Arthur estão cada vez mais próximos e criaram bastante amizades em nossa igreja em tão pouco tempo de convivência com todos.
Marceline anda tão sumida da igreja, sempre pergunto por ela aos seus pais, fiquei de fazer uma visita a ela hoje depois do trabalho, ao menos agora não preciso me preocupar com o namorado dela dando ataques de ciúmes, já que está bem longe daqui.

— Está tudo bem Nico? — Arthur questiona me encarando

— Está sim — lhe dou um meio sorriso

— Então por que ainda não tocou na comida? — Jhenifer ergue uma sobrancelha encarando o meu prato que se encontra do mesmo jeito que o garçom trouxe

— Só estava com os pensamentos longe, não é nada de mais, não precisam se preocupar — dou uma garfada na comida que já está um pouco fria

— Sabe que estamos aqui para o que precisar, não é? — Jhe questiona sorrindo

— Sei sim, e agradeço por isso — lhe devolvo o sorriso

Realmente tenho pessoas incríveis ao meu lado, é nesses momentos que vejo o quanto Deus é bondoso comigo, sou cercado pessoas carinhosas e cheias de empatia, não mereço nem os mais pequenos feitos que o Senhor faz por mim, é como salmista Davi diz, "o que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tens feito?" Não posso dar nada, se não a minha fidelidade.

...

Cheguei em casa tomei um rápido banho, vesti algo mais confortável, comi alguma coisa e dirigi até a casa dos pais de Marceline, mas antes liguei para sua mãe avisando que já estava a caminho.
Ela me pediu para visitar a sua filha, já que sempre fomos bem próximos e Marceline sempre me escutou, segundo ela.
Assim que cheguei estacionei o carro e dona Beatriz já estava a minha espera na porta.

— Nico, como está? — me recebe com um abraço

— Estou bem, e a senhora?

— Bem graças a Deus, entre — me dá passagem para que passe

— Rapaz, você ficou bonito, por isso digo que puxou a sua mãe — seu Robert diz me fazendo rir

— Se ele escutar isso o senhor receberá algumas contrariações... Na verdade muitas contrariações — digo ainda rindo

— Mas no fundo ele sabe que é verdade — diz me acompanhando na risada

— Onde ela está? — pergunto a dona Beatriz

— Está lá em cima no quarto, como sempre — solta um suspiro pesado — Ia levar um lanche, ela não comeu durante o dia inteiro, será que você pode tentar fazê-la comer? Talvez você consiga

— Claro — assinto

— Você aceita alguma coisa? Posso preparar algo para você também

— Não obrigada, comi quando sai de casa — agradeço e ela vai até a cozinha trazendo uma bandeja com sanduíche e suco

Subo as escadas e caminho pelo corredor indo até o último quarto, dou duas leves batidas na porta e a ouço dizer um 'mãe, estou sem fome'

— Acho que você está confundindo as pessoas Line — digo um pouco alto para que ela escute — Pode abrir a porta para mim?