🌿Capítulo Vinte e Quatro🌿

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~Uma semana depois

Uma semana se passou e Marceline e eu estamos mais distante do que nunca, às vezes parecemos dois desconhecidos no meio da rua.
Isso me entristece tanto, todas as vezes que lhe vejo sinto vontade de abraça-la bem forte e não a deixar sair, consequente também não estou tendo contato com Bernado, só o vejo nos cultos quando está no colo de minha mãe ou de Vih.

Para não pensar em tudo o que está ocorrendo saio sempre mais tarde do trabalho ou chego em casa e procuro escrever o meu próximo livro que será lançado, não estou conseguindo terminar de jeito nenhum.
Mas vendo pelo lado bom, na próxima semana estarei de férias e poderei relaxar um pouco.

Respiro fundo me concentrando no computador a minha frente. Ouço algumas batidas na porta e bufo dizendo um pode entrar.

— Desculpa chefe — Maria se desculpa com um sorriso amarelo — Mas é que tem um rapaz aqui que insiste em falar com o senhor

— Sabe me informar o nome?

— Claro, Pedro, o seu nome — franzo o meu cenho a vendo rir — Digo que está ocupado e não pode atender no momento?

— Não, deixe-o entrar

— Ok — assente saindo da sala e fechando a porta

O que ele quer dessa vez? Só o que me faltava!
Abro ao meu sobretudo e dois botões de minha camisa respirando fundo. Logo vejo Maria abrir a porta dando passagem à ele.

— Pedro!

— Nícolas! — dá um meio sorriso sem graça

— Pode se sentar — aponto para a cadeira a frente de minha mesa o vendo se sentar — Qual o motivo de receber a sua visita aqui em meu trabalho? — vou direto ao ponto

— Precisava muito conversar com você mas nunca conseguia lhe encontrar em casa, então resolvi vir aqui

— Olha, imagino sobre qual assunto que você queira tratar — o encaro — Aqui é meu ambiente de trabalho, então se você quer procurar briga ou algo do tipo peço que me procure quando estiver lá fora...

— Não! — me corta — Não quero brigar, muito pelo contrário...

— Então prossiga e seja breve também, por favor, tenho muito trabalho à fazer ainda

— Eu entendo essa antipatia que você sente por mim, eu plantei isso, plantei todas as vezes que lhe provoquei ou lhe afrontei por medo de você roubar Marceline de mim — dá um meio sorriso — Eu não vim brigar, realmente estou disposto a mudar todas as minhas atitudes, Nícolas, eu preciso lhe pedir perdão, perdão por tudo que já lhe causei, sei que deve estar com um pé atrás também por causa de Marceline... Eu sinto muito, mas nós não escolhemos de quem vamos gostar, estou no mesmo barco que você, ela não me disse um sim — solta um suspiro pesado — Eu gostaria de tentar uma amizade com você, de verdade, até porque se o que prevejo acontecer realmente aconteça precisaremos conviver, e eu gostaria de conviver em paz, sem nenhum ressentimento, até porquê meu filho gosta muito de você e você o trata tão bem, não quero lhe afastar do Bernardo, apesar de ser bem pequeno ele deixa bem claro que ama você, e sei que o sentimento é recíproco... Então... O que você me diz?

O encarei por um momento procurando saber se está sendo verdadeiro, não posso o julgar, o Pedro que conhecia nunca viria aqui e me pediria perdão, era orgulhoso de mais para isso, talvez realmente esteja sendo sincero.

— Olha Pedro... Eu não tenho nenhuma mágoa de você, de verdade, sempre me mantive distante por você não gostar de mim... A respeito de amizade eu não sei se conseguirei nesse momento ter com você, entende? — o vejo assentir — Mas prometo me esforçar, peço perdão também se algum dia lhe fiz algo

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