🌿Capítulo Quatorze🌿

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Hoje é a minha folga, aproveitei para dormir até um pouco mais tarde e dar uma geral em meu apartamento.
Assim que terminei tomei um banho e almocei em um restaurante que havia próximo ao condomínio.

Aproveitei também para ir a casa de meus avós maternos, faz tempo que não os visito, mandei uma mensagem para minha vó avisando que iria aparecer por lá, mas antes fui até a casa de meus pais.

Quando estacionei o carro em frente a residência avistei minha mãe no jardim regando algumas rosas enquanto meu pai lhe fazia companhia sentado em uma cadeira de balanço. Entro pelo grande portão e vou de encontro aos mesmos.

— Nico, meu amor — a mais velha me abraça assim que me avistou

— Bença a mãe — devolvo o carinho deixando um beijo no topo de sua cabeça

— Deus lhe abençoe, meu filho

— Bença a pai — digo o ouvindo me abençoar — Estão de folga hoje também? — pergunto me sentando ao lado de meu pai

— Sim, hoje é a folga de sua mãe, e eu me dei folga para ficar com ela, a companhia de sua mãe é a melhor e não é sempre que posso a ter durante o dia inteiro — olha para a mais velha com um grande sorriso recebendo dela um sorriso maior ainda

— Vocês me deixam com a glicose nas alturas de tanta doçura, são um casal muito fofo — os observo com o maior orgulho os vendo rir

— Só quando não existe a terceira entre nós — meu pai sussura para que minha mãe não escute

— Terceira? — pergunto no mesmo tom tentando entender do que ele fala

— Sim, a TPM, está tira a minha paz em qualquer circunstância — diz me fazendo rir e minha mãe se voltar para ele

— Eu escutei isso, José! — o olha com um olhar reprovador

— Linda, também te amo — solta um beijo para ela que revira os olhos rindo

— Está me devendo uma conversa, Nico — a mais velha senta junto a nós assim que se certificou de que molhou toda a sua variedade de flores

— Claro... O que quer saber específicamente? Acredito que seu pássaro verde de cabelos cacheados não só lhe contou que conversei com ela — ergo uma sobrancelha a vendo rir

— Não, meu pássaro verde me contou algumas coisas a mais — diz ainda rindo — Quero saber como anda a relação de vocês dois, ela lhe disse um não, isso não mudou a interação de vocês?

— Sim, ela mudou um pouco comigo

— E você, meu filho? Como está se sentindo? — o mais velho questiona me fazendo soltar um suspiro pesado

— Bem, na medida do possível, não vou mentir que gostaria que ela me dissesse um sim, só que não foi o que aconteceu, fico me perguntando se vale mesmo a pena insistir, ela não demostra nem um pouco de interesse, a  senhora, Lu e Vih vivem dizendo que ela gosta de mim, só que não é bem isso que ela transmiti, será mesmo que vale todo esse esforço para no final poder acabar sem ela? Marceline é um poço de incertezas que está me deixando com muitas dúvidas, talvez seja melhor seguir em frente e esquecer esse sentimento  — desabafo

— Olha filho, não podemos dizer a você que insista, mas você realmente quer desistir? Quer mesmo esquecer? — o mais velho questiona me deixando em dúvida

— Eu não sei — digo frustrado passando a mão por meu cabelo e rosto em seguida

— Nícolas, você não precisa decidir nada agora, ok? As coisas levam tempo, vai com calma, tira as suas dúvidas pouco a pouco, deixa as coisas fluírem e você verá toda essa dúvida se esvaindo — diz minha mãe com calma e ternura

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