🌿Capítulo Vinte e Três🌿

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Sabe aquele momento que você vê a sua vida virar de ponta a cabeça? Foi isso o que aconteceu comigo desde que Pedro apareceu. Sua presença conseguiu me tirar duas pessoas que amo, o Bernado e a Marceline.
Não o culpo por querer reconstruir a sua "família", mas tudo isso me causa uma dor terrível e estarei mentindo se dizer que não quero Marceline comigo.

Foi tão doloroso a ouvir dizendo que não sabe o que sente por mim, e o mais doloroso é não poder fazer nada para reverter a situação.
Voltei para casa com um grande aperto no coração.

Assim que cheguei me joguei debaixo do chuveiro e conforme a água caia sobre minha cabeça as lágrimas iam junto.
Nunca achei que concordaria com quem diz que amor é dor como estou concordando nesse momento.
Realmente amor não é só alegria, carinho, entre outros sentimentos bons, amor também é tristeza, dor, sofrimento e lágrimas. O amor é um turbilhão de sentimentos, e está presente em toda a nossa volta e ações.

Sai do banho assim que percebi que não tinha mais forças para chorar, vesti o meu pijama e me joguei na cama soltando um suspiro pesado.
Encarei o teto e logo ouvi meu celular tocar, peguei o aparelho e percebi que era ligação de Luíse, respirei fundo antes de atender.

#Ligação_on

Nícolas- Oi Lu

Luíse- Nico, tem como você vir pra cá?

Nícolas- Aconteceu alguma coisa?

Luíse- Suponhamos que estou com saudade de você, passei uma semana fora

Nícolas- Eu passo aí amanhã, já estou pronto para dormir

Luíse- As sete da noite? Você não está bem, né?

Nícolas- Ah... — me corta

Luíse- Não, você não está — solta um suspiro pesado — Quem vai lhe ver sou eu, arruma um lugar pra eu dormir

Nícolas- Lu, não precisa se preocupar

Luíse- Calado, já, já chego aí

Nícolas- Ok

Luíse- Te amo, viu?

Nícolas- Também te amo

Luíse- Me espera e quando chegar abra logo a porta pra mim

Nícolas- Pode deixar

#Ligação_off

Deixei o celular no criado mudo e em menos de trinta minutos ouvi a campainha tocar. Levantei da cama e abri a porta recebendo um abraço apertado de Luíse que me fez dar dois passos para trás.

— Também senti saudades, Lu — a aperto em meus braços e fecho a porta com ela ainda grudada em mim

— Já comeu? — questiona assim que se afastou de mim

— Ah... Agora a noite não

— Ótimo, vou pedir uma pizza para nós — joga sua bolsa no sofá pegando o celular no bolso da calça ligando para um pizzaria

Me joguei no sofá maior a observando enquanto fazia a ligação, assim que ela terminou me encarou por um momento e se jogou em cima de mim se aninhando ao canto do sofá e a mim.

— O que aconteceu com você meu bebê? — acaricia meu rosto — Quem foi que lhe fez alguma coisa pra eu bater nessa pessoa?

— Você não está maluca de bater em ninguém, Lu!

— É só uma expressão, Nico, mas dependendo de quem seja e o que for pode virar uma ação — sorrir amarelo — Agora conta o que houve

— Marceline me pediu um tempo — solto um suspiro pesado

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