🌿Capítulo Sete🌿

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Conforme fomos descendo as escadas atraímos a atenção de seus pais que estavam na sala a deixando cada vez mais nervosa, caminhamos até eles e vi olhares de pura preocupação de todos os três.

— Acredito que precisamos conversar e esclarecer algumas coisas, não é? — Robert pergunta a filha que apenas assente apertando mais a minha mão

— O assunto é delicado, é melhor nos sentarmos — digo e logo dona Beatriz me indica o sofá.

Marceline sentou ao meu lado e a nenhum momento largou a minha mão, da forma como também não larguei a dela.
Ficamos por alguns segundos em total silêncio, Marceline encarava o chão enquanto seus pais a encarava querendo respostas e explicações.

— Por favor me tirem dessa aflição — diz a mais velha mostrando seu desespero

— Vai Line, você consegue — digo para que apenas ela escute

— Bom... — solta um suspiro pesado criando coragem para falar — Mãe, pai, eu... Eu...

— Pode falar minha filha — seu pai a encoraja

— Ok... Eu, acabei cometendo um grande erro, acabei me perdendo em algum ponto que não me lembro bem e... Caí em pecado com o Pedro — diz fazendo com que seus pais fiquem espantados — E eu descobrir ontem que... Estou grávida — abaixa a cabeça

Vejo o seu pai levantar e começar a andar de um lado para o outro passando a mão freneticamente pelo rosto, sua mãe ainda está no mesmo lugar encarando o nada em um total transe, fiquei apenas ao lado de Marceline que ainda está de cabeça baixa com algumas lágrimas silenciosas descendo.

— Ok — o mais velho respira fundo e para em nossa frente — Você já falou com Pedro sobre isso? — ela assente — O que ele disse?

— Para abortar — fala em um fio de voz e no mesmo momento vi seu pai socar a parede nos dando um grande susto

— Aquele desgraçado! — diz apenas isso e sai andando em direção ao escritório e batendo a porta com força, sua esposa logo foi atrás dele

— Isso foi horrível — fala Marceline passando a mão pelo rosto molhado enxugando as lágrimas

— Vamos manter a calma, eles irão absorver a notícia, é só dar um tempo — enxugo as suas lágrimas — Agora chega de emoções, vai ficar tudo bem, ok? Nosso próximo passo é falar com o pastor — ela assente — Já comeu alguma coisa hoje?

— Não, bebi apenas água, estava sem fome

— Então venha comer — me levanto a puxando junto comigo em direção a cozinha — Agora não existe apenas você, tem que pensar primeiro no bem estar da criança

— Isso é verdade

— Agora senta aí — a faço sentar em uma banqueta — Me diz o que quer comer que faço agora para você

— Você é perfeito Nick, nunca vi uma pessoa com um coração tão bom — sorrir me encarando

— Não sou perfeito, mas... O que quer?

— Pode ser crepe de oreo?

— Só se for agora — lavo as minhas mãos

— Vou te ajudar — tenta se levantar mas a impeço

— Nem pensar, a moça fica sentada aí, só me diz onde está o que vou precisar — a vejo rir divertida

Apesar de frequentar bastante a sua casa quando criança, não me lembro de quase nada, malmente onde fica os cômodos.
Ela foi me indicando onde estava os matérias necessários e logo o seu crepe estava pronto.

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