Perdição

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- Meu corpo está quente.

- Eu sei - a mão furtiva escorrega para meus quadris e sou puxada sem o mínimo de esforço para ficar sob ele - vai ficar mais ainda.

Aquele com certeza era um caminho sem volta, eu poderia muito bem afastá-lo agora que consigo fazer uso do meu poder. Porém algo nele me deixa em frenesi e vulnerável.

Meliodas com certeza é minha perdição.

~×~

Trêmula e totalmente presa na imensidão Ônix dos olhos dele, mordo o lábio inferior por um breve momento quando percebo o brilho diferente nas íris.

O tempo parece parar em nossa volta congelando o momento em que estamos e a forma intensa como ele ainda retribui o olhar. A mão que até o momento estava em meu quadril, sobe vagarosamente para minha cintura.

As batidas desenfreadas do meu coração me deixam levemente zonza e com a a respiração entrecortada, minha garganta se torna seca de repente e engulo em seco puxando o tecido da camisa de Meliodas com mais força. Seus toques que até então eram marcantes tornam-se suaves, sua respiração faz cócegas em meu ombro quando ele se aproxima e beija aquela área com suavidade, porém ofego surpresa ao sentir sua língua deslizar pela lateral do meu pescoço e um singelo selar é deixado atrás da minha orelha.

Encolho o corpo sob ele quando um arrepio agradável se apossa do meu corpo, causando-me sensações novas e me surpreendo quando um som baixo e suave arranha minha garganta, Meliodas ri baixinho notando minha reação.

- Seu gemido é, com certeza, o som mais bonito que já ouvi.

Minhas bochechas ardem pelo constrangimento, mas mesmo assim só consigo notar o tom rouco que a voz dele tornara-se. Seguro com mais firmeza os cachos loiros que estavam entre meus dedos e puxo Meliodas para mais perto, por não calcular muito bem a distância ou a força usada o choque de lábios e dentes aconrece, mas não doloroso o suficiente para nos afastar. Novamente o mesmo som que emiti minutos antes volta só que mais alto quando ele segura meu lábio inferior suavemente entre os dentes.

Aos poucos Meliodas para o beijo com alguns selinhos dando-me tempo para respirar e desce as provocações por meu pescoço e ombros. Mordo o lábio inferior assim que sinto uma mordida ser deixada em meu ombro, sem força para machucar e em seguida ele suga o local sensível.

- M-meliodas! 

Suspiro e seguindo os impulsos do meu corpo desço as mãos para a barra da camisa dele levantando-a. Percebendo minha intenção ele se afasta e senta sobre as pernas para se livrar da vestimenta que vai para o chão em seguida. Em transe observo seu torso nú e me mexo desconfortável na cama procurando tocá-lo o máximo que consigo, engasgo com o ar assim que ele volta a se ficar sobre meu corpo enquanto a canhota desliza desde minha panturrilha até a coxa deixando um rastro quente em minha pele, a mão desliza pela lateral do meu quadril e apenas a ponta dos dedos entra sob minha camisa.

O toque da sua pele contra a minha parece incendiar-me e eu acabo por gemer alto, Meliodas se afasta e me puxa para sentar sobre a cama com as mãos já segurando a bainha da minha camiseta, enquanto me beija. Ruborizo e em um piscar de olhos o transe que eu estava sob efeito some me deixando sem saber como reagir.

- Meliodas... - seguro em seus pulsos e afasto meu rosto do seu, notando sua expressão confusa - eu... não sei o que tenho que fazer...

Ele sorri de lado com minha confissão e se aproxima deixando um selinho casto em minha testa.

- Eu te guiarei hoje.

Ainda hesitante e constrangida solto aos poucos seus pulsos. Aproveitando a deixa Meliodas ergue lentamente minha camisa, mas  acaba atrapalhando-se quando chega em minhas asas e com um pouco mais de paciência joga a camisa para o lado. Com as bochechas ardendo em vergonha seguro abraço meu corpo na tentativa de esconder meus seios, sinto o peso do olhar do loiro sobre meu corpo e o toque suave de suas mãos em minhas costas atraí minha atenção.

My DemonOnde histórias criam vida. Descubra agora