GOOD EVENING ✿ JJK (Livro 2)

CAPÍTULO 16

(N/A: Pessoal, se a mídia
estiver em branco, só
toquem nela que vai
iniciar uma música
para vocês escutaram
junto a leitura. ♡)

Ao entrar no beco iluminado vejo várias pessoas, alguns bebendo e outros dançando, no meio de todos tem um trio dançando, garoto do meio tem olhos escuros e cabelo preto, seu olhar é de desespero enquanto ele dança como se não houvesse amanhã. Continuo me aproximando, a suas os vejo dançar e não tive coragem de me aproximar, mas decidi nesta manhã quando saí de casa que hoje seria diferente.

O garoto de olhos escuros pula por cima dos outros dois e pousa a alguns centímetros de mim, cruzo os braços e olho para ele que me encara por um longo minuto antes de desviar o olhar e se juntar aos seus amigos. Tenho observado ele a semanas e vejo em seu olhar uma tristeza profunda cada vez que o vejo.

Quase esqueço que tenho que voltar para casa, queria não ter que voltar para ouvir as reclamações da mãe de Bin por conta do meu cabelo cor de rosa, eu quis mudá-lo porque cada vez que o mudo sinto que posso me tornar outra pessoa, me tornar quem eu achar ser melhor.

- Ei, cabelo rosa! - Ouço alguém chamar e viro de costas, o rapaz de olhos escuros está caminhando em minha direção e seguro a respiração quando ele para bem na minha frente - Você veio a semana toda.

- Eu gosto de observar vocês dançando. - Digo e olho para ele - É bem legal.

- Obrigado. - Ele olha para o meu cabelo e tenta disfarçar uma risada.

- Qual a graça? - Seguro as alças da minha mochila.

- É que você parece tão certinha pra ter o cabelo cor de rosa. - Ele toca as pontas do meu cabelo e estou a beira de um colapso por um garoto estar me tocando.

- Isso é engraçado nas pessoas, elas costumam nos julgar antes de nos conhecerem, e isso destrói a possibilidade de haver uma conexão muito bonita e única.

- Você é poeta? - Ele ri outra vez.

- Eu só tenho quinze anos.

- Se te faz feliz, a sua idade não importa. - O olhar dele era tão penetrante, ele parecia tentar desvendar quem eu era.

Nunca me senti uma garota interessante o bastante para ser notada, mas seus olhos me fazem pensar o contrário, estes lindos olhos com um feixe dourado quase invisível.

Conversamos por bastante tempo na calçada daquele beco, quase todos já tinham ido embora e os que ficaram estavam apagando as luzes, quando todos saíram o beco ficou escuro ele se ofereceu para me levar em casa mas eu não podia aceitar, se a mãe de Bin me visse com um garoto ela teria um ataque.

- Então, acho que é isso. - Ele diz levantando da calçada e estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Toco sua mão e levanto da calçada, quando já estou de pé ele continua a segurar minha mão e sinto meu rosto queimar, isso é tão intimidante, eu nem o conheço.

- Escuta, - Inicio - eu estou vindo aqui a várias semanas, por que só agora quis falar comigo? - Nossas mãos estão começando a suar mas ele segura firmemente sem deixar que elas se separem.

- Eu não sei. - Ele olha para mim - É como se seus olhos estivessem me chamando, como se dissessem que você era a solução para os meus problemas, minha esperança.

- Esperança para o que? - Me retraio pouco nervosa.

- Para não me tornar a pior versão de mim mesmo. - Ele toca a nuca com a mão livre e parece pensar um pouco.