Eu passei as últimas trinta e seis horas pensando em quem poderia ter colocado fogo nas casas. Obviamente, após sairmos, fiz uma denúncia anônima para a polícia de São Paulo encontrar os corpos, a final, eles podem ter parentes que nem sabem como estão, e não fazemos ideia de quanto tempo faz que tudo foi queimado.
Nesse tempo, peguei Loki algumas vezes me encarando de uma forma estranha, e todos as vezes ele mudava de assunto. Eu gostaria de poder ler a sua mente, e saber o que ele andava pensando, algo que estava tomando seu tempo.
Cheguei à sala com dois hambúrguers que havia feito,entreguei um a Loki e me sentei ao seu lado para comer o outro. Cruzei minhas pernas em cima do sofá e peguei o controle para escolher algum filme.
Enquanto mudava de canal, Loki viu algo que lhe interessou e pediu para que eu parasse. Era o comercial do jogo UNO.
_ Como papel pode ser um jogo? _ Ele pergunta de forma grosseira.
_ É um jogo incrível, tá legal? Não sei como é a infância dos Asgardianos, mas aqui, nós conseguimos nos divertir com muito pouco.
_ Eu percebi. _ Ele fala e volta sua atenção para a televisão.
_ Vamos jogar então! _ Afirmo segundos depois.
Ele me olha de lado e coloca o prato onde antes se encontrava o hambúrguer em cima da mesa de centro.
_ E onde iremos arranjar? _ Ele pergunta e eu o puxo pelo braço, o levando até o meu quarto.
Após solicitado, ele se senta na cama e eu vou até o closet para procurar onde enfiei o UNO. Eu sempre tive um, quando algo estava chato ou tedioso, eu dava a ideia de jogarmos, e todas as vezes isso funcionou, menos quando havia briga.
Encontrei a caixa no alto, me inclinei para pegar e voltei para o quarto, me sentando na cama em frente a Loki.
Demorou um pouco para que eu explicasse todas as regras do jogo, mas finalmente começamos a jogar, e ele estava sendo muito bom.
Bom demais.
_ Ganhei! _ Afirma colocando a sua última carta no centro.
_ Impossível! Eu quero revanche. _ Digo já embaralhando todo o baralho.
_ Pela quarta vez? _ Ele pergunta de forma irônica e sorri.
_ Sim!
_ Tudo bem, quem perder terá que fazer um baita jantar amanhã a noite.
_ Fechado _ Digo sorrindo
As cartas são distribuídas e o jogo começa. Mais uma vez eu estava perdendo, inclino minha cabela para cima e respiro fundo. Não acredito.
Ele estava roubando.
Olho para sua mão, como não percebi isso antes? Ele era o deus da trapaça e da mentira, claro que estava roubado! E eu, a idiota, passando raiva.
_ LOKI _ Grito, o fazendo tomar um susto e me olhar seriamente. _ está roubado!
_ Não sabe perder e tem que me acusar?
Sem pensar duas vezes, eu o ataco, fazendo com que ele caia da cama, e eu por cima dele.
_ Estava com cartas na maga, literalmente. _ Digo tirando cartas boas da manga de seu casaco. _ Me explique agora!
Rapidamente ele me vira, ficando dessa vez em cima de mim, com seu sorriso estampado no rosto.
_ Esqueceu quem eu sou? O deus da trapaça. _ Ele ri da própria fala. _ Não deixaria você ganhar.
_ Ainda sim sairei vitoriosa. _ Digo e ele me olha tentando entender. Seguro sua nuca e puxo seu rosto para mais perto do meu, juntando nossos lábios logo em seguida.
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OLHOS BRILHANTES
FanfictionAos vinte oito anos, Maria Lúcia, mais conhecida como Malu, uma jovem paulistana vive o sonho de qualquer fanático por tecnologia, ela trabalha em uma grande empresa, na verdade, uma Iniciativa do Governo, a S.H.I.E.L.D., graças a um favor que o ami...