O SUOR escorre pela minha testa e tenho a sensação de que meus músculos estão em chamas. Puxo meu corpo para cima mais uma vez e a sensação fica ainda mais intensa tornando difícil voltar a repetir o movimento, mas eu faço mais uma vez de modo que meus braços tremem enquanto iço todo o meu peso até a barra que seguro com toda a força da qual posso dispor no momento.
O alívio vem instantaneamente quando permito que meus pés toquem o chão e deixe meus braços descansarem, os músculos das minhas costas latejam enquanto seco o suor do rosto com uma toalha.
Me dirijo ao dispositivo ao lado da janela do quarto e altero a transparência do vidro para que eu possa ver os primeiros raios de sol surgindo ao longe.
É um novo dia.
Saio do quarto e caminho pelo apartamento até chegar à cozinha. Me sirvo de um copo de suco e assim que dou o primeiro gole, ouço o som da campainha. Deixo o copo sobre o balcão e vou até a porta.
— Abrir porta. — digo, acionando o comando.
Me deparo com um par de olhos castanhos expressivos fixos em mim no momento em que a porta desliza para o lado.
— Bom dia, Tyrr. — fala a garota sorridente.
— Ah, bom dia, Cyndra. — respondo. — Acordou cedo.
— Acordei mesmo. Fiz torta de frutas e pensei em lhe trazer. — diz Cyndra estendendo uma torta na minha direção.
— Que gentileza. Não precisava ter se incomodado.
— Não é nada demais. — alega Cyndra com um sorriso no rosto enquanto mexe no cabelo de maneira casual. — A receita é da minha avó. Espero que goste.
— Eu tenho certeza que está uma delícia. Desde que você não tenha colocado carambola nela, é claro. — digo.
— Não. Pode comer tranquilo, não há carambola aí. — afirma Cyndra apoiando a mão no umbral da porta e me lançando um olhar penetrante.
— Então está ótimo. Bom, agora eu preciso me apressar. Tenho que sair daqui a pouco. Você sabe, dia cheio...
— Imagino. — fala Cyndra. — Depois eu passo por aqui para saber o que achou da torta.
— Combinado. Tenha um bom dia.
— Você também. — responde ela logo antes da porta se fechar.
Carrego a torta até a cozinha e a coloco sobre a balcão enterrando o rosto entre as mãos em seguida.
— Hoje ela acordou determinada. — diz uma voz a qual reajo com um sobressalto denunciando meu estado de surpresa.
— Anunciar sua chegada, por acaso, vai matar você? — pergunto.
— Eu também moro aqui. — diz Shankar com uma voz risonha.
— O que não justifica você entrando nos cômodos discretamente e se pronunciando de repente. — rebato.
— Enfim, Cyndra te trouxe uma torta. Semana passada foi um strudel e na anterior um...
— Crème brûlée. — completo.
— Ela está determinada a conquistar seu coração... ou o seu estômago. — fala Shankar.
— Muito engraçado. E de quem é a culpa disso? — questiono. — Quem quis sair com a prima dela e me pediu para fazer companhia a ela?
— Não jogue a culpa para cima de mim. — fala Shankar. — Pedi para você fazer companhia, você beijou a Cyndra porque você quis. Acabou que ela se apaixonou e agora você tem um doce diferente toda semana.
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LEAD SCARS
ActionVivendo sob os ataques de um perigoso e anárquico grupo de terroristas que se opõem ao sistema democrático do país, um improvável esquadrão de agentes especiais do governo é desognado para uma arriscada missão que consiste em invadir e neutralizar d...