Capítulo 18

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Calum´s POV

Entrei dentro do refeitório acompanhado pelo o Ashton que caminhava calmamente a meu lado. Como sempre um enorme barulho fez-se sentir assim que as pessoas que se encontravam naquele local me viram, na sua maioria como é óbvio raparigas.

Sinceramente nunca percebi o porquê de tanto histerismo relativamente à minha pessoa. Tudo bem eu sou o capitão da equipa de futebol da nossa escola e namorei com uma das raparigas mais bonitas mas será que é preciso tanto alarido por causa de uma simples pessoa? O que é que eu sou a mais que os outros? Porque é que cada vez que percorro um corredor ou entro numa sala todos insistem em cumprimentar-me e fingir que de alguma forma querem ser meus amigos? 

Muito sinceramente há um ano atrás quando isto tudo se iniciou eu até achei uma certa piada visto que nunca na minha vida tivera tanta atenção e tantos olhos postos em mim. Mas agora? Agora tornou-se meramente uma rotina que deixou de ter a minha atenção há alguns meses atrás.

Pensando bem no assunto adorava nunca ter ficado popular, adorava não ter dezenas de pessoas a analisar aquilo que faço ou deixo de fazer, adorava não ter raparigas com os seus olhos constantemente colocados em mim. Estou farto de ser conhecido por toda a gente nesta maldita escola, estou farto de tudo isto. O problema é que agora não sei o que fazer para me desenvincilhar desta situação toda. O que me deixa um pouco mais tranquilo é que daqui a alguns meses tudo isto acabará e sairei desta escola.

Percorri o refeitório não olhando para aquilo que me rodeava. Resolvi focalizar-me nos meus pés que neste momento eram mais interessantes do que qualquer outra coisa naquele lugar. Ouvi pessoas a dizerem-me “olha o Calum”, “olá Calum”, “como estás”, mas nem me dei ao trabalho de lhes responder porque como já referi anteriormente estou farto de todo este espectáculo e do facto de as luzes da ribalta estarem sempre postas em mim.

- Calum! - ouvi uma voz super aguda a chamar.

Aquela voz era fácil de identificar pois não só se tratava da voz mais irritante e aguda daquela escola como se tratava ainda da minha ex-namorada, Maddy.

- O que é que queres? - perguntei parando de andar e desviando o meu olhar do chão de modo a que a pudesse olhar nos olhos.

- Quero que te sentes aqui. - respondeu-me apontando para a cadeira que estava ao seu lado.

Como não estava com paciência para ripostar resolvi sentar-me de imediato pois se havia coisa que eu sabia acerca daquela rapariga era que: acontecesse o que acontecesse ela acabava sempre por me dar a volta à cabeça e convencer-me do que quer que fosse. Essa foi uma das razões pelas quais eu terminei com ela (adicionando, claro, o facto de a sua voz ser pior que um gato em agonia).

Basicamente eu era o cãozinho dela, ela dizia “calum vamos aqui” e eu ia, “calum vamos ali” e eu ia, “calum vamos acolá” e eu ia. Ao fim de algum tempo comecei a questionar-me: mas será que eu sou um homem ou um cachorro? Eu não preciso disto, eu não tenho de ser usado desta maneira por alguém que parece só gostar de mim pela “fama” e por ser bonito. E quando não estava a ser o cãozinho dela, o nosso tempo juntos consistia em ter sessões de beijos contínuas e sexo. Resumindo e concluindo para além de cachorro eu era também um escravo sexual.

Fifteen || Calum HoodOnde histórias criam vida. Descubra agora