7. Achei que o sol nasceria.

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Caminho até o fim do corredor, e bato na porta, não escuto nenhuma resposta, bato novamente e nada na terceira vez levo a mão e a porta se abre, acabo me assustando.

Livíus está vestindo uma calça moletom  grafite, com uma camisa branca simples sem estampa, seus cabelos negros estão bagunçados como se o tivesse puxado várias vezes. Ele me olha impaciente como se eu estivesse incomodando.

- Você demorou!

Ele diz em sua voz habitual, mais seu tom e sério.

- Tive alguns contratempos...

Ele pega o prato de minha mão e me puxa para dentro, o quarto dele e uma bagunça, sua cama com lençóis brancos está toda  revirada tem muitos papéis espalhados pelo chão, livros amontoados de forma desorganizada. Seu computador estava ligado aparentemente ele devia está escrevendo e acho que ele deva usar óculos pois tem um ao lado do computador.

Caminho pelo quarto sem saber onde pisar, não tenho certeza se o que está no chão e importante.

- Pode ficar a vontade mas não toque e não leia nada.

- Sério? Estou mais preocupada se vou chegar ao céu!

- Para de tentar brincar de amarelinho com minha bagunça e senta aqui.

- Seu quarto parece um lixão.

- Peço para limparem quando não estou produzindo.

- Okay!

Sento em sua cama, em questão de segundos ele devora o bolo, e coloca o pratinho em qualquer lugar e logo se deita olhando fixamente para teto. Fico o observando ele sabe que o estou olhando mais parece nem se importar.

- Vai por mim, e só um rosto bonito!

Ele fala roucamente e preguicosamente.

- Não sei do que você está falando!

Me levanto de sua cama com a intenção de ir embora.

- Não estou conseguindo trabalhar... Não me sinto bem...

- Como assim, está doente?

-  Eu não sei, nunca fico doente.

Me aproximo dele, e ele está com com os olhos fechados, chego mais perto e ele parece ruborizado, o que acho estranho ele e aquele tipo de pessoa que não ruboriza por nada, crio coragem e toco em seu rosto.

- Oh! Minha nossa! Você está ardendo em febre!... Livíus? e ele não responde, Livíus!?

- Eu não posso entrar em pânico, pensa Evelyn! Pensa!

O Alex ele e médico!

Saio correndo pelo corredor, gritando o seu nome, chego a cozinha e apenas Dam e Nick estão lá jogando conversa fora com minha tia, eles me olham espantados, puxo o ar com força.

-  Onde... está... O Alex?

- Deve está saindo agora, para ir pro hospital...

Saio correndo sem nem explicar, acho que eles vem atrás de mim, Alex  acabara de dar a partida no carro quando me jogo na frente, ele se assusta e sai do carro rapidamente. Era como se garras ferissem meus pulmões ao tentar falar.

- Eve!! Você está bem?

Ele pergunta preocupado

- Alex. rápido. Livíus...

Nem precisei terminar todos correm para dentro. Eu estou sem fôlego para correr então caminho em direção a eles quando chego no quarto todos eles estão lá acomodados em algum canto, o quarto que antes parecerá enorme agora ficará pequeno com esses homens enormes.

O segredo de Evelyn #em revisão#Onde histórias criam vida. Descubra agora